Dilma convoca chanceler para esclarecer ataque a senadores brasileiros na Venezuela

Muitos dos manifestantes pró-Maduro vestiam vermelho e bateram no veículo gritando: "Chavés não morreu, se multiplicou"

Paula Barra

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SÃO PAULO – A presidente Dilma Rousseff convocou na tarde desta quinta-feira (18) o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, para esclarecer o ataque sofrido por senadores brasileiros em um comitiva à Venezuela. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a informação foi repassada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), nesta tarde após conversa com o ministro por telefone. 

O micro-ônibus dos senadores Aécio Neves (PSDB), Aloizio Nunes (PSDB), Cássio Cunha Lima (PSDB), Ronaldo Caiado (DEM), Agripino Maia (DEM) e Sérgio Petecão (PSD) foi cercado por dezenas de partidários do governo de Nicolás Maduro em Caracas. Muitos dos manifestantes pró-Maduro vestiam vermelho e bateram no veículo gritando: “Chavés não morreu, se multiplicou”. 

Cunha teria interrompido a sessão por cinco minutos para conversar com o chanceler e cobrou dele um posicionamento oficial do governo brasileiro. “Essa presidência e, obviamente, esta Casa não concordam com nenhum tipo de agressão ou qualquer tipo de retaliação a qualquer”, afirmou Cunha.

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Segundo informações de deputados do PSDB e do DEM, os senadores estão parados na saída do aeroporto de Caracas por causa de um bloqueio policial em uma estrada próxima. 

Em seu perfil no Facebook, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE) disse: “nós caímos em uma arapuca montada pelo governo totalitário da Venezuela que permitiu o pouso, mas não permitiu que nos movimentássemos. Montaram congestionamentos nas proximidades do aeroporto para evitar nosso trânsito. Impedir que levássemos nossa mensagem aos presos políticos”. Segundo ele, Dilma já está em contato com o governo da Venezuela. 

Já o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) afirmou que iria telefonar para a presidente Dilma cobrando uma reação do governo ao que chamou de “agressões” sofridas pelos senadores brasileiros que estão em Caracas. Por outro lado, o líder do governo, o senador Delcídio Amaral (PT-MS) pediu cautela a Renan ao afirmar que as informações sobre a situação do senadores na Venezuela ainda são “desencontradas”.

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