Dilma chama Renan para evitar derrota de Fachin, enquanto PSDB busca garantir votos contra

Dilma e Renan viajaram juntos para Joinville, onde participam do velório do senador Luiz Henrique (PMDB-SC), morto no domingo; já PSDB quer garantir votos contrários

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A presidente Dilma Rousseff, preocupada com uma possível derrota do governo na aprovação do nome do jurista Luiz Edson Fachin para o STF (Supremo Tribunal Federal), chamou o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para viajar com ela para Santa Catarina, nesta segunda-feira (11), e discutir a indicação, segundo informações da Folha de S. Paulo. Dilma e Renan viajaram juntos para Joinville, onde participam do velório do senador Luiz Henrique (PMDB-SC), morto no domingo (10).

A Folha destaca que a presidente queria falar pessoalmente com Renan sobre Fachin e garantir que Renan não só não agirá contra a indicação como também ajudará na aprovação do nome do jurista. Outros senadores também foram convidados para fazer a viagem.

Fachin tem encontrado resistências no Congresso e a presidente já manifestou a ministros sua preocupação de ver barrada a indicação.

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Na outra ponta, estão aqueles que prometem resistência para a aprovação de Fachin no STF. Em nota, o PSDB informou que estará presente em sua totalidade na representação que possui de três cadeiras na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, tendo como seus titulares os senadores Aloysio Nunes (SP), Cássio Cunha Lima (PB) e Antonio Anastasia (MG).

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, os membros da Comissão foram trocados para garantir os votos contrários. E a decisão foi tomada após os senadores Aécio Neves (MG) e José Serra, titulares da Comissão, serem criticados por decidirem se ausentar da votação para ir a Nova York e participar de uma homenagem ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Com isso, eles serão substituídos por Nunes e Cunha Lima. 

Por meio de seus titulares na CCJ, o partido fará os devidos questionamentos e buscará esclarecimentos para as denúncias que vêm sendo publicadas, como sempre o fez. Da mesma forma, a bancada do PSDB estará presente em sua totalidade na votação em plenário da indicação de Fachin, essa sim, etapa decisiva para aprovação ou rejeição pelo Senado da indicacao ao STF”, afirmou o partido. 

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Como o primeiro suplente do bloco formado por DEM e PSDB é o senador tucano Álvaro Dias (PR), que defende a aprovação de Fachin, o partido optou por fazer a mudança para que o partido não desse nenhum voto a favor do jurista. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.