Dilma anuncia reajuste de 9% do Bolsa Família e diz que inventaram crime para afastá-la

Presidente também fez proposta de correção de 5% da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física, a partir de 2017

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A presidente Dilma Rousseff anunciou na tarde deste domingo (1º) reajustes no benefício do programa Bolsa Família e na tabela do Imposto de Renda Pessoa Física em evento do Dia do Trabalho, no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, promovido pela Central Única dos Trabalhadores (CUT). A presidente anunciou reajuste do Bolsa Família com aumento médio de 9% e proposta de correção de 5% da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física, a partir de 2017. 

Durante o evento, a presidente também criticou o processo de impeachment contra ela, classificando mais uma vez como golpe.  “É um golpe contra a democracia, contra as conquistas sociais, contra os investimentos. O mais grave de tudo que eles fizeram foi impedir o combate à crise e ao desemprego. Esse é o objetivo principal do nosso governo, que tem compromisso com o trabalhador”, afirmou. “Não é um golpe com armas, com tanques na rua, não é um golpe militar que nós conhecemos no passado. eles rasgam a constituição do país. Eles fazem isso porque há 15 meses atrás eles perderam uma eleição direta”, continou. 

Dilma afirmou que tiveram que “inventar um crime de responsabilidade” para o processo de impeachment. “Tiveram que inventar um crime, eles começaram dizendo que eram seis decretos. Eu, em 2015, fiz 6 decretos chamados de suplementação. O FHC, em 2001, fez 101 decretos de suplementação. Para ele, não era nenhum golpe nas contas públicas. Pra mim, é golpe. Vejam vocês, dois pesos e duas medidas, porque não tem do que me acusar”.

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Segundo ela, o projeto que querem impor, com a entrada de Michel Temer na presidência caso o impeachment se efetive, “não é o vitorioso nas urnas”. “Eu lutei como vocês a minha vida inteira. A luta agora é muito mais ampla”. 

E finalizou: “da forma como eles querem chegar ao poder, sem voto, numa eleição indireta, sobre o disfarce de impeachment, não passarão”. 

Três centrais sindicais, além de diversos movimentos sociais de esquerda, promovem ato conjunto no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, para marcar o Dia do Trabalho. Com o lema Brasil: Democracia + Direito, as centrais e os movimentos são contra o processo de impeachment contra Dilma Rousseff.  Segundo Vágner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), é uma união “histórica da esquerda brasileira” pela “a luta pela democracia”.

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“Todos nós unificamos para defender a democracia, porque nós sabemos que o golpe é contra a Dilma e Lula, mas principalmente contra os trabalhadores. O golpe é para retirar direitos, acabar com a CLT, com a política de valorização do salário mínimo e com os benefícios sociais”, disse.

(Com Agência Brasil)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.