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SÃO PAULO – A pesquisa mensal de credibilidade realizada pelo Instituto Ipsos, divulgada no último domingo pelo jornal O Estado de S. Paulo, mostrou uma queda do índice de desaprovação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em setembro quando comparado ao mês anterior. A parcela da população que não concorda com a atuação do petista teve queda de 66% para 59%, enquanto a parcela da sociedade que o aprova subiu de 32% para 40%, a maior em dois anos de levantamento – apenas 1% não soube opinar.
Já o juiz federal Sérgio Moro alcançou uma taxa de desaprovação de 45%, recorde desde setembro de 2015 e com uma alta de 8 pontos percentuais em relação ao mês de agosto. A pesquisa foi feita entre os dias 1 e 14 de setembro. Ou seja, captaram o efeito do depoimento do ex-ministro Antonio Palocci, que afirmou a Moro que Lula fez um “pacto de sangue” com a Odebrecht por propinas e que a empresa colocou à disposição do PT, no fim de seu mandato, um total de R$ 300 milhões.
O deputado Jair Bolsonaro, por sua vez, teve dois reveses na pesquisa. De um mês para outro, o total de entrevistados que o rejeita subiu de 56% para 63%, recorde em dois anos, enquanto a parcela que aprova sua atuação caiu de 21% para 19%, ainda que dentro da margem de erro de três pontos porcentuais para mais ou para menos.
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Ao jornal O Estado de S. Paulo, Danilo Cersosimo, um dos responsáveis pela pesquisa Ipsos, afirmou que Lula talvez tenha alcançado seu maior patamar. “Dificilmente ele passará disso. A rejeição a seu nome é ainda muito grande, difícil de reverter”, afirmou.
Já entre os tucanos, o prefeito de São Paulo, João Doria, é o que tem os melhores índices, apesar do aumento da rejeição. Doria viu sua taxa de reprovação passar de 52% para 58% (um ponto abaixo de Lula) e sua aprovação registrar baixa de 19% para 16% – menos da metade de Lula. Ele está, contudo, três pontos acima do índice positivo do governador Geraldo Alckmin, com quem disputa a indicação do PSDB para a eleição de 2018. Os números do governador paulista oscilaram para baixo. Seu índice de desaprovação passou de 73% para 75% e de aprovação, de 14% para 13%.
A pesquisa Ipsos também mostrou a percepção em relação ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD), que também pode disputar a eleição de 2018. Ele possui desaprovação alta, de 66%, e taxa de aprovação baixíssima, de 3% – índice que pode ser explicado pelo desconhecimento de seu nome. Já o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, que é visto como um plano B caso Lula não possa concorrer, alcançou seus piores índices em dois anos. “A pesquisa mostra uma rejeição alta (57%) e comprova que essa desaprovação cai na medida em que seu nome fica mais conhecido. Isso quer dizer que Lula não repassa seu capital político para Haddad”, explicou Cersosimo ao jornal.