Deputados de SP convidam presidente da Usiminas para discutir demissões em Cubatão

Siderúrgica anunciou no fim de outubro que vai desativar temporariamente atividades de produção de aço da usina de Cubatão

Reuters

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SÃO PAULO (Reuters) – Deputados da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento da Assembleia Legislativa de São Paulo aprovaram convite ao presidente da Usiminas (USIM5), Rômel Erwin de Souza, para esclarecer o plano de demissão de 4 mil funcionários de usina da companhia em Cubatão, no litoral do Estado.

Maior produtora de aços planos do Brasil em capacidade instalada, a Usiminas anunciou no fim de outubro que vai desativar temporariamente atividades de produção de aço da usina de Cubatão, mantendo as de laminação. A empresa citou o cenário de fraqueza da economia brasileira e a deterioração dos preços da liga nos mercados internacionais.

“A intenção é que ele compareça na semana que vem ou o mais breve possível”, disse o deputado Paulo Corrêa Jr. (PEN). “Precisamos saber o que a Usiminas e o setor de aço esperam do governo do Estado”, disse o deputado. Segundo ele, os parlamentares querem saber do executivo da Usiminas se medidas como concessão de incentivos via redução de ICMS poderiam ajudar a companhia a rever as demissões.

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“São 4 mil demissões diretas que podem chegar a 12 mil demissões incluindo as indiretas. Será um caos para a baixada santista”, disse Corrêa Jr. “Estou tentando falar com ele e com a direção da Usiminas sobre o convite”, afirmou o deputado.

Na semana passada, protesto de sindicalistas que tentavam reunir apoio para uma greve por tempo indeterminado na usina foi interrompido com a ajuda da Polícia Militar.

A Usiminas, que vive uma disputa de poder entre seus principais acionistas controladores, os grupos Nippon Steel e Ternium, teve no terceiro trimestre o quinto prejuízo trimestral consecutivo e prevê cortar pela metade o investimento de 2016. Além do resultado negativo, a empresa viu o nível de endividamento medido pela dívida líquida sobre lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) saltar para 6,8 vezes, bem acima do nível acordado com credores de 3,5 vezes.

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“O governo federal já sinalizou (apoio ao setor siderúrgico), agora precisa ver isso junto ao governo do Estado”, disse Corrêa Jr., acrescentando que o vice-governador de São Paulo, Márcio França, afirmou que o governo paulista está sensível e aberto ao diálogo.

Na véspera, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou que governo federal pode elevar a alíquota do imposto de importação do aço para atender os interesses nacionais em meio ao excesso de oferta vivido globalmente pela indústria siderúrgica.

(Por Alberto Alerigi Jr.)

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