“Depender de mim, não teremos mais cargos no governo”, afirma Alckmin em meio ao racha do PSDB

Segundo o governador de São Paulo, o partido está "muito dividido" sobre a denúncia contra Temer

Rafael Souza Ribeiro

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SÃO PAULO – Em uma decisão que surpreendeu muitos especialistas, o PSDB, que faz parte da base aliada do governo, orientou sua bancada na Câmara votar a favor da denúncia contra Michel Temer, revelando que o partido está “muito dividido” sobre o tema, constatou o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, nesta quarta-feira (2).

“O PSDB, como a maioria dos partidos, está muito dividido. Como essa não é uma questão programática, não houve fechamento de questão. Acho que vai ter uma divisão”. Segundo ele, o posicionamento contra o presidente não significa que o partido deixará seus cargos no governo e defendeu novamente que os tucanos entreguem os ministérios somente após a aprovação das reformas: “defendemos completar as reformas. Encerrado esse processo, se depender de mim, não teremos mais cargos no governo”. O PSDB tem a titularidade dos ministérios das Cidades (Bruno Araújo), Direitos Humanos (Luislinda Valois), Relações Exteriores (Aloysio Nunes) e da Secretaria de Governo (Antônio Imbassahy).

Para Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), que foi o relator do parecer que pede a inadmissibilidade da denúncia contra o presidente, o racha do partido deve ser considerado como algo positivo, já que mostra que a sigla é plural e independente. Segundo o deputado, “o afastamento do presidente pode causar instabilidade no País”.

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