Dentro do plano de Dilma, está megaferrovia de R$ 30 bilhões que liga oceanos

Segundo Folha, China, Brasil e Peru preparam acordo preliminar para construir uma megaferrovia que ligaria os dois países sul-americanos, criando um corredor de trilhos entre os Oceanos Atlântico e o Pacífico

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A presidente Dilma Rousseff adiou o anúncio do programa de concessões de infraestrutura de quinta-feira para a primeira semana de junho, e a expectativa segue para que sejam anunciadas grandes obras. O pacote de concessões é avaliado em R$ 150 bilhões.

Questões à parte sobre o motivo do adiamento, a Folha de S. Paulo destacou hoje que uma grande obra está no plano. Segundo o jornal, China, Brasil e Peru preparam acordo preliminar para construir uma megaferrovia que ligaria os dois países sul-americanos, criando um corredor de trilhos entre os Oceanos Atlântico e o Pacífico, numa obra estimada em R$ 30 bilhões.

O governo brasileiro incluirá trechos da ferrovia Transoceânica no plano de investimentos e, já na semana que vem, Li Keqiang (primeiro-ministro da China) vai para Brasília para fechar parcerias e fazendo com que empresas chinesas participem de futuros leilões para levar alguns trechos do pacote.

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Pelo desenho original, a Transoceânica começa no Rio de Janeiro, passa por MG, GO, MT, RO e AC e de lá, segue para o Peru. Porém, há ressalvas sobre o projeto pelo alto custo de construção para cortar a Cordilheira dos Andes.

Entusiastas do projeto, como Dilma, argumentam que o trecho entre dois países abriria uma saída para os produtos brasileiros  pelo Pacífico, tornando-os mais competitivos. Dentre eles, a soja. 

Adiamento do anúncio
O motivo do adiamento do anúncio do pacote de concessões foi em razão de alguns pontos do programa ainda não terem sido definidos, entre eles como serão os financiamentos dos projetos, uma vez que os bancos públicos, especialmente o BNDES, não serão mais tão “generosos” como o foram até agora. 

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O pacote, além de necessário para melhorar a infraestrutura logística do país, no curtíssimo prazo ajudará à equipe econômica a fechar com mais facilidade as contas públicas com a dos recursos pagos pelos concorrentes para levar a exploração dos serviços.

Por fim, imagina o governo, os leilões atrairão novamente os investidores externos e servirão para diminuir o baixo astral que ronda a economia, como uma demonstração de confiança no Brasil.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.