Delator diz que pagou US$ 4,5 milhões em caixa 2 para campanha de Dilma

Skornicki afirma que os pagamentos foram realizados entre setembro de 2013 e novembro de 2014

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – O engenheiro e representante no Brasil do estaleiro Keppel Fels, Zwi Skornicki, contou em sua delação premiada que João Vaccari Neto lhe pediu US$ 4,5 milhões para ajudar a financiar a campanha pela reeleição de Dilma Rousseff, em 2014. O pagamento teria sido feito diretamente para o marqueteiro João Santana e não foi declarado à Justiça Eleitoral.

A delação do executivo ainda precisa da homologação do juiz da 13ª Vara da Justiça Federal, Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato. Skornicki afirma que os pagamentos foram realizados entre setembro de 2013 e novembro de 2014, o que já fazia os investigadores desconfiarem de que o pagamento tinha relação com a campanha.

Em depoimento à polícia logo depois de ser presa, no início deste ano, a mulher de João Santana, Mônica Moura, disse que os pagamentos na conta estavam relacionados a contratos do estaleiro Keppel em Angola, país onde o casal Santana também prestou serviços para políticos.

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A versão, porém, agora é contestada por Skornicki, que prometeu entregar aos procuradores da força-tarefa evidências como registros de reuniões e encontros que teria mantido com Vaccari para tratar dos repasses destinados à campanha petista no Brasil. O estaleiro Keppel Fels é fornecedor e parceiro da Petrobras.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.