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SÃO PAULO – De acordo com informações do Blog do Kennedy, do jornalista Kennedy Alencar, a delação premiada do presidente da UTC, Ricardo Pessoa, pode resultar em inquéritos no STF (Supremo Tribunal Federal) contra a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva.
Isso porque a colaboração premiada do empreiteiro coloca por terra o argumento utilizado pelo Ministério Público para não investigar Dilma quando Rodrigo Janot, procurador-geral da República, analisou as delações de Alberto Youssef e de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de abastecimento da Petrobras.
Janot pediu no início de março que fossem abertos os inquéritos em relação aos políticos com foro privilegiado e não pediu inquérito contra Dilma, sustentando que os fatos narrados em relação a ela tinham relação com o mandato anterior, que não poderiam ser utilizados para sustentar investigação no atual mandato.
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Porém, na delação que ocorreu no final de junho, Pessoa apontou uma doação de R$ 7,5 milhões para a campanha de 2014 de Dilma a pedido do então tesoureiro e hoje ministro da Secretaria de Comunicação Social Edinho Silva.
Pessoa disse que se sentiu obrigado a doar para não atrapalhar os contratos que a UTC tinha com a Petrobras. Edinho Silva confirmou que recebeu R$ 7,5 milhões, mas ressaltou que em doações lícitas, conforme prevê a legislação.
Assim, destaca o jornalista, o Ministério Público está analisando a conduta de Edinho Silva, para avaliar se há indício de crime. E, se confirmado, poderá solicitar a abertura de inquérito. O mesmo vale para a presidente Dilma, pois o ato foi cometido na campanha à reeleição e, deste modo, tem ligação com o atual mandato. A presidente nega ter recebido recursos de caixa 2 nas campanhas de 2010 e 2014.
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Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, no final do mês passado, quando foi divulgada a delação de Ricardo Pessoa, a presidente teria ficado “furiosa” com a suspeita sobre a sua campanha eleitoral de 2014. Uma demonstração da irritação da presidente ocorreu no dia 26 de junho, na biblioteca do Palácio da Alvorada, durante uma reunião convocada às pressas por Dilma para discutir as revelações do presidente da UTC.
Agitada, andando em círculos e gesticulando muito, a presidente olhou para os auxiliares e bradou, indignada: “não sou eu quem vai pagar por isso. Quem fez que pague”. Estavam presentes da reunião os ministros Aloizio Mercadante, da Casa Civil, Edinho Silva e José Eduardo Cardozo, da Justiça, além de Giles Azevedo, assessor especial de Dilma.
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