Delação da Odebrecht vai atrasar julgamento que pode cassar Temer

Segundo o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, possível análise das novas informações pode afetar andamento do processo

Mário Braga

O ministro do STF, Gilmar Mendes (Divulgação)

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SÃO PAULO – O julgamento por abuso de poder político e econômico da chapa presidencial composta por Dilma Rousseff e Michel Temer em 2014 deve ficar para depois. O motivo? As delações de executivos e ex-funcionários da Odebrecht, que devem trazer novas informações e demandar mais análise por parte do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

O diagnóstico foi feito pelo presidente da Corte, Gilmar Mendes, à Folha de S. Paulo. O também ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) estima que o julgamento deve ficar pelo menos para o primeiro semestre de 2017. Segundo ele, as delações estão revelando um novo quadro, que coloca “grande insegurança”.

“Se houver alongamento da discussão, se o relator entender que temos que aprofundar, inclusive por causa das delações da Odebrecht, certamente teremos desdobramentos nesta fase”, afirmou Mendes.