Delação aumenta pressão sobre governo e Dilma convoca reunião de emergência

Durante duas horas e meia, Dilma Rousseff, se reuniu com Edinho Silva e Mercadante, no Palácio da Alvorada, que foram citados por Ricardo Pessoa, da UTC, em delação premiada; eles negam irregularidades

Lara Rizério

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SÃO PAULO – As declarações do dono da UTC, Ricardo Pessoa, preso durante quatro meses por causa da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, tiveram mais um efeito incendiário no governo. De acordo com reportagens divulgadas nesta sexta-feira pela imprensa, Pessoa teria citado, em acordo de delação premiada, o nome de 18 pessoas que receberam contribuições dele.

Entre eles, os ministros Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, e da Casa Civil, Aloizio Mercadante. Pessoa apresentou documentos que informava pagamentos totalizando R$ 250 mil através de caixa 2 para a campanha de 2010, enquanto o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, antes tesoureiro da campanha de reeleição petista, que teria recebido R$ 7,5 milhões pela UTC para a campanha de Dilma Rousseff em 2014. 

Com isso, na véspera de sua viagem oficial para os EUA, a presidente convocou uma reunião com os ministros citados e com o ministro da Justila, José Eduardo Cardozo para tratar dos desdobramentos da Operação Lava Jato, que provocaram desconforto no Planalto, conforme informa o jornal O Estado de S. Paulo

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Para auxiliares da presidente, a Lava Jato causa apreensão pois não se sabe qual é a extensão total da investigação, que estão cada vez mais próximas do Planalto. Durante duas horas e meia, a presidente e os ministros ficaram reunidos. Eles começaram a deixar a residência oficial às 20h10, sem falar com a imprensa. 

Edinho Silva, que atuou como tesoureiro da campanha da presidenta Dilma Rousseff em 2014, confirmou que recebeu R$ 7,5 milhões, mas ressaltou que em doações lícitas, conforme prevê a legislação.

“O ministro Edinho Silva esteve com o empresário Ricardo Pessoa por três vezes para tratar de doações de campanha. A primeira, quando o conheceu, foi quando o empresário esteve no comitê da campanha, em Brasília. O empresário, após o primeiro contato, organizou o fluxo de doações em três parcelas que totalizaram R$ 7,5 milhões. O ministro Edinho jamais tratou de assuntos relacionados a qualquer empresa ou órgão público com o referido empresário. As contas da campanha presidencial de Dilma Rousseff foram auditadas e aprovadas por unanimidade pelo Tribunal Superior Eleitoral”, declarou o ministro.

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 Aloizio Mercadante, confirmou que recebeu dois pagamentos de R$ 250 mil, da UTC e da Constran, para sua campanha ao governo de São Paulo, em 2010. Disse, no entanto, que os valores foram recebidos de forma legal e declarados à Justiça Eleitoral, que aprovou a prestação de contas. A direção do PT também reafirmou que todas as doações recebidas pelo partido são legais e registradas na Justiça Eleitoral.

(Com Agência Brasil)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.