Definição da Previdência, futuro da Selic e mais 9 eventos que vão agitar a próxima semana

Enquanto a Previdência segue como principal driver, a agenda de indicadores ganha bastante força dentro e fora do Brasil

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Assim como tem ocorrido nas últimas semanas, a reforma da Previdência será o principal driver do mercado brasileiro nos próximos dias, conforme se aproxima o prazo final para que o governo consiga colocar o projeto em votação na Câmara dos Deputados ainda este ano. Porém, a agenda externa ganha força e a tendência é que o mercado fique ainda mais volátil.

Nesta sexta-feira (8), jornais informam acerto do governo para votação a partir de 18 de dezembro, mas a questão ainda fica para quantos votos o governo tem. Articuladores de Temer dizem ter hoje 296 votos assegurados para reforma, segundo o relator Arthur Maia. Porém, o jornal O Estado de S. Paulo fala em um número menor, de 278 votos. São necessários 308 para aprovar o texto.

Segundo Maia, a base governista irá trabalhar nos próximos 10 dias no convencimento dos parlamentares. Maia argumenta que, se houvesse mais quatros semanas antes do recesso, o texto seria aprovado, mas, por ora, reconheceu que não pode colocar a reforma para votação, pois não há votos necessários.

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Enquanto se aguarda um desfecho para o imbróglio da Previdência, o mercado financeiro tem apresentado forte volatilidade nos últimos dias e o cenário não deve se alterar na próxima semana, avalia a GO Associados.

Mas no Brasil o mercado ainda terá diversos outros pontos para ficar de olho, com destaque para a ata do Copom, na terça-feira (12) às 8h (horário de Brasília), que reduziu a Selic para a mínima histórica, em 7% ao ano, e ainda deixou espaço para cortar ainda mais os juros em 2018. A questão é que, segundo o comunicado, o Banco Central deixou este movimento atrelado ao resultado da Previdência.

A próxima semana também deve contar com os últimos indicadores de peso sobre a atividade econômica de outubro, com vendas no varejo, dado de serviços e com expectativa pelo IBC-Br, considerado uma prévia do PIB e que ainda não tem data confirmada para se apresentado, lembrando que o mercado tem elevado gradativamente as projeções de crescimento da economia.

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No mercado, o apetite pleas ações brasileira volta a ter um importante teste nos próximos dias com a precificação de três IPOs (Oferta Pública Inicial): da BR Distribuidora, da Neoenergia e da BK, dona do Burger King no Brasil.

Agenda externa
No exterior, atenção especial para os Estados Unidos, onde ocorre a reunião do Fomc, com grande expectativa de alta de juros no país, deixando o comunicado como foco de atenção dos investidores,além do discurso da presidente Janet Yellen. Outro destaque é o pacote tributário de Donald Trump, que tem guiado o humo dos investidores americanos nos últimos dias.

Entre indicadores, após relatório de emprego desta sexta-feira, os destaques da próxima semana ficam para os dados de inflação do PPI e CPI. Vale lembrar que a inflação tem sido a maior preocupação dos integrantes do Fed na condução de sua política monetária e a alta de juros nos EUA.

A China também continua nos holofotes com dados de inflação na noite desta sexta e de produção industrial e vendas no varejo no dia 14. As ações chinesas em Hong Kong tiveram maior a alta em duas semanas na sexta após dados da balança comercial, que mostraram em novembro superávit, exportações e importações acima do previsto.

Na zona do euro, destaque para encontro do BCE dia 14, seguido por fala de Mario Draghi, enquanto no Japão ocorre a reunião do Bank of Japan, também com discurso de Haruhiko Kuroda. Para conferir a agenda completa de indicadores, clique aqui.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.