Defesa de Joesley e Wesley solicita soltura imediata dos irmãos após acusação de insider trading

Empresários são acusados de utilizar informações privilegiadas da própria delação premiada para lucrar no mercado financeiro

Rafael Souza Ribeiro

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SÃO PAULO – Após serem presos pela Polícia Federal por insider trading (uso de informação privilegiada para lucrar no mercado financeiro), os advogados de Joesley e Wesley Batista protocolaram nesta quinta-feira (14) um pedido de habeas corpus no TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) solicitando a soltura imediata dos empresários. A defesa alega que a prisão é ilegal porque “não há fato novo que justifique a drástica medida”.

De acordo com os advogados, não há necessidade de manter Joesley e Wesley presos, já que não existem indícios que eles pretendem fugir do País e a prisão não influencia o rumo das investigações: “a ausência de qualquer fato contemporâneo que demonstre a necessidade de segregação relacionada ao delito de insider trading ou à sua persecução”, aponta a defesa.

Os empresários foram presos por ordem do juiz João Batista Gonçalves, da 6ª Vara Criminal Federal, pela suspeita de manipulação do mercado financeiro e do dólar usando informações privilegiadas da própria delação premiada. Conforme apurou a PF, sabendo do impacto dos áudios da conversa com Michel Temer, os empresários venderam ações da JBS antes da conversa se tornar pública e compraram dólar no fechamento de 17 de maio, um dia antes da moeda disparar mais de 7% com o escândalo envolvendo o presidente.

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