Defasagem de preços para combustível é insustentável para Petrobras, diz LCA

Através da mudança na Cide, consultoria prevê reajuste de 30% para a estatal; pré-sal muda situação da companhia

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SÃO PAULO – A Petrobras (PETR3,PETR4) não pode mais sustentar a defasagem nos preços de combustível, ou poderá ver ameaçados os esforços para a exploração do pré-sal, ressaltou a LCA Consultores.

Em relatório produzido nesta terça-feira (19), a consultoria ressaltou que a redução da CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) poderá ser a saida para a queda de braço entre Governo e a estatal.

Se por um lado, a estatal argumenta que o preço do combustível comercializado pelas refinarias da Petro encontra-se 24% defasado em relação ao exterior, o Governo mantém firme a posição de evitar reajustes em meio ao combate à inflação.

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Pré-sal justifica aumento
Em outros momentos, era de se esperar que a Petro evitasse o reajuste, absorvendo custos exatamente para evitar o aumento da pressão inflacionária, mas agora é diferente.

Por que? “Ora, porque de 2007 para cá a Petrobras se envolveu num dos maiores projetos de investimento na área petrolífera do mundo, visando explorar o pré-sal”, afirma a consultoria, que reconhece o cenário conflitante em que o Governo se encontra, no qual precisa “controlar a inflação e não atrapalhar os investimentos em exploração de petróleo”, explica a LCA.

Reajuste de 30% para Petro
Dessa forma, deverá restar ao Governo trabalhar com a taxa da CIDE, que funciona como imposto ajustado exatamento com o propósito de conter a volatilidade do produto na bomba para o consumidor.

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O cenário base estipulado pela LCA prevê uma saída na qual o “preço de realização da gasolina da Petrobrás seria reajustado em torno de 30%”, o que praticamente acabaria com a defasagem de preço.

E o ajuste fiscal?
Porém, alguns podem se perguntar se a redução da CIDE não contraria o ajuste fiscal anunciado no início do ano, o que segundo Pedro Medeiros e Fernando Valle, do Citigroup, não se justifica, dado que o imposto representa uma parcela muito pequena da arrecadação federal e tem destinação fixa à manutenção e investimentos em rodovias, além de 60% da receita ser dividida entre estados e municípios.

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