Decisão sobre delação da JBS não foi por coragem, mas por medo, revela Janot

"Ontem foi um dos dias mais tensos, um dos maiores desafios desse período"

Rafael Souza Ribeiro

Ex-procurador-Geral da República, Rodrigo Janot (Crédito: Agência Brasil)

Publicidade

SÃO PAULO – Ao comentar sua decisão de determinar a abertura de uma investigação de indícios de omissão de informações pelos delatores da JBS, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou nesta terça-feira (5) que foi um dos momentos mais difíceis de sua carreira frente à PGR (Procuradoria Geral da República) e que não agiu por coragem, mas por medo de decepcionar o MP (Ministério Público).

“Ontem foi um dos dias mais tensos, um dos maiores desafios desse período. Alguém disse para mim: “Você é um homem de muita coragem”. Eu pensei: “Será que sou?” E eu pensei que não tenho coragem nenhuma. Eu tenho é medo. O medo nos faz alerta. Tenho medo de quê? De errar muito e decepcionar as instituições”, afirmou durante reunião do Conselho Superior do Ministério Público Federal.

Antes de fazer essa declaração, que marcou a última sessão sob seu comando do conselho, Janot foi homenageado pelos conselheiros presentes, inclusive pela sua sucessora ao cargo de procurador-geral da República, Raquel Dodge, que assumirá o comando da PGR no dia 18 de setembro.

Oferta Exclusiva para Novos Clientes

Jaqueta XP NFL

Garanta em 3 passos a sua jaqueta e vista a emoção do futebol americano

“Agora colho, espero colher, a minha vida de volta. Realmente, eu deixei essa minha vida pendurada num armário fechado, guardei a chave e agora vou abrir esse armário e vou colher a minha vida de volta. Espero que eu tenha alguma tranquilidade para viver depois de tudo isso”, finalizou Janot.

Newsletter

Infomorning

Receba no seu e-mail logo pela manhã as notícias que vão mexer com os mercados, com os seus investimentos e o seu bolso durante o dia

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.