De palavrões à Dilma até Iraque: os 4 motivos para a queda de 2% da Petrobras

Xingamentos à Dilma Rousseff podem render pontos a mais para a presidente na próxima pesquisa eleitoral; alta do preço do petróleo com conflito no Iraque, realização e ajuste após vencimento de opções contribuem para dia negativo

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Enquanto a seleção brasileira está prestes a entrar em campo para o jogo contra o México, em Fortaleza, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) fecharam a sessão desta terça-feira (17), que terminou mais cedo devido ao jogo entre o Brasil e México, em forte baixa, com um noticiário bastante agitado. As ações PETR3 fecharam em queda de 1,93%, a R$ 17,29, e os PETR4, queda de 2,24%, a R$ 18,32. Contudo, na mínima do dia, os ativos já chegaram a cair 3,12% (ON) e 2,88% (PN). Confira os motivos para tanto:

1 – Xingamentos à Dilma atingem a Petrobras
Novos rumores eleitorais afetam as ações da companhia, conforme aponta a equipe de análise da XP Investimentos. E o motivo para tanto pode ser o repúdio da população em geral aos xingamentos recebidos pela presidente Dilma Rousseff durante o jogo de estreia do Brasil na Copa do Mundo. 

A próxima pesquisa eleitoral, a ser divulgada pelo Ibope e contratada pela CNI (Confederação Nacional das Indústrias), será a primeira a ser realizada após as vaias recebidas pela presidente, o que pode indicar o efeito dos xingamentos na pesquisa eleitoral. Em meio a esse cenário, Dilma pode se beneficiar de uma melhor visão da população com relação à presidente. 

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Vale ressaltar que diversas personalidades, como o empresário Abilio Diniz e o ministro do STF Supremo Tribunal Federal), mostraram repúdio às manifestações contra Dilma na Arena Corinthians. Abilio classificou-os como uma vergonha e Barbosa, como uma baixaria. Enquanto isso, a oposição não se manifestou contra: Aécio Neves classificou as vaias como o “sentimento dos brasileiros”

2 – Movimento de realização 
Em meio a esse ambiente, as ações da Petrobras também ficam mais sensíveis após a forte alta nos últimos três meses, em meio ao rali eleitoral. Desde então, os papéis chegaram a subir 60% com a queda de Dilma nas pesquisas. 

A queda de Dilma Rousseff leva a uma alta das ações da Petrobras uma vez que os investidores estão mostrando que querem uma mudança no governo. O mercado vê negativamente as intervenções do atual governo em alguns setores da economia e que se reflete principalmente na estatal. Assim, quanto menor a chance da reeleição de Dilma, mais animado o mercado parece ficarDesta forma, quem ganhou com as ações da Petrobras em meio a esse rali aproveita os rumores de uma possível reversão para embolsar os lucros. 

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3 – Conflitos no Iraque afetam companhia
A maior refinaria de petróleo do Iraque, em Baiji, foi fechada e seus funcionários estrangeiros foram retirados do local, disseram autoridades da refinaria nesta terça-feira, acrescentando que os empregados locais permanecem em seus postos e que os militares ainda controlam a instalação. Apesar da cotação do petróleo ficar perto da estabilidade nesta sessão, o preço da commodity está perto da máxima em nove meses, por volta de US$ 107,00.

E estes altos preços afetam as ações da petrolífera, uma vez que a estatal importa combustível vendando no Brasil a preços menores do que os internacionais, o que vem pressionando o caixa da empresa, conforme ressalta o analista da Guide Investimentos, Luis Gustavo Pereira. 

4 – Ajuste após vencimento de opções
A sessão de ontem foi marcada pelo vencimento de opções, que movimentou R$ 3,1 bilhões na Bovespa, com a Petrobras dominando. Já nesta sessão, o mercado aproveitou para fazer uma sessão de ajustes.

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As opções de compra movimentaram mais do que as de venda, com volume de R$ 2,3 bilhões contra R$ 821,4 milhões. Mais uma vez, os papéis preferenciais da Petrobras ganharam destaque, com 4 opções de compra presentes no “top 5” apresentado pela bolsa. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.