De acordo com minuta, BoJ divide-se quanto a situação econômica do Japão

Alguns membros mostram-se contrários à ampliação do crédito, afirmando que "não há sólidas justificativas" para adotá-la

Luis Madaleno

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SÃO PAULO – Os membros do comitê de política monetária do BoJ (Bank of Japan) mostraram-se divididos com relação ao andamento da economia do país durante a última reunião realizada na última passada.

De acordo com a minuta do encontro, no qual decidiu-se pela manutenção da taxa básica de juro em 0,1% ao ano, há pesos negativos e positivos fortes à respeito da evolução econômica do Japão. Se, por um lado, os sinais da recuperação já são visíveis, por outro, a contínua deflação continua a preocupar as autoridades.

Desta maneira, na mesma reunião, por 5 votos favoráveis contra 2 opostos, o colegiado aprovou a ampliação do programa de crédito para ¥ 20 trilhões (US$ 213 bilhões) em mais uma tentativa de estimular o consumo e acelerar o crescimento econômico.

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Porém, analistas comentam que a decisão de dobrar o programa de estímulo e manter os juros baixos foi basicamente política, já que 2010 é ano eleitoral no Japão.

Análises distintas
Alguns membros da casa, como Tadao Noda e Miyako Suda, afirmaram ser contrário às medidas de expansão do crédito.

Para Suda, “não há justificativas sólidas para reforçar as condições frouxas da política monetária”. Além disso, disparou que “o mercado deve também considerar que o banco tomará qualquer ato político que o próprio mercado antecipar”, uma vez que o aumento das facilidades já era amplamente previsto.

Por outro lado, alguns membros argumentam que as medidas “reafirmam a posição do banco de continuar consistentemente fazendo contribuições” para sustentar o crescimento econômico e vencer a deflação.

Trabalho conjunto
Ainda de acordo com a minuta, o Ministério das Finanças japonês anseia que o banco “forneça firmemente fundos mais amplos”. Além disso, um representante do Gabinete Oficial avalia que é importante “o governo e o banco trabalharem juntos para atingir uma taxa de inflação positiva o mais cedo possível”.

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