Datafolha traz notícias ruins pra Dilma e para quem defende novas eleições, diz consultoria

Isso porque, para 50% dos brasileiros, o Brasil seria melhor se Temer continuasse no cargo até 2018 e apenas 32% querem que Dilma retorne ao Palácio do Planalto, afirma a LCA Consultores

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Pesquisa Datafolha divulgada no último sábado deu importantes sinalizações sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff e para as eleições de 2018, conforme aponta a LCA Consultores. 

“A pesquisa trouxe notícias ruins para a presidente Dilma, pois pode influenciar os senadores, que estão indecisos quanto ao impeachment da petista, a votarem pelo seu afastamento definitivo. Também foi negativa para àqueles que defendem uma nova eleição presidencial”, afirma a consultoria. 

Isso porque, para 50% dos brasileiros, o Brasil seria melhor se Temer continuasse no cargo até 2018 e apenas 32% querem que Dilma retorne ao Palácio do Planalto. Já 18% ou preferem uma nova eleição, deram outras respostas ou disseram não saber. O percentual dos que defendem o afastamento definitivo de Dilma pelo Senado é de 58% dos brasileiros, ante 61% em abril, e 35% se opõem à saída, enquanto ainda 3% que declaram ser indiferentes em relação à situação, e 3% não opinaram.

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“Essa preferência para que Temer continue como presidente resulta do crescimento da sua avaliação considerada como regular (de 33% em abril para 42%). Aqueles que consideram Temer como ótimo e bom variou de 16% em fevereiro para os atuais 14%. Já a avaliação negativa de Temer tem uma diminuição de sete pontos na taxa de ruim/péssimo: de 38% para 31%”, diz a consultoria.

O Datafolha ainda fez simulações para as eleições presidenciais de 2018. Lula perde em todas simulações do segundo turno das eleições de 2018 e nos diferentes cenários para o primeiro turno das eleições presidenciais de 2018, Lula obtém entre 22% e 23% dos eleitores (21%/22% em abril). Já Marina, nesta pesquisa, apresentou resultados mais baixos ao observado em abril. Entre 14% e 18% neste levantamento contra 16% e 23%, conforme o candidato tucano. Ela tem o seu melhor desempenho quando Aécio concorre pelo PSDB.  

Entre os presidenciáveis Aécio, Alckmin e Serra, os dois primeiros recuaram em relação à pesquisa anterior, enquanto Serra se manteve em 11%. Aécio obteve 14% das preferências (-3%) e Alckmin conseguiu 8% (-1%). A rejeição de Lula é de 46%, resultante da recessão econômica e do escândalo da Lava Jato. Na sequência, temos Aécio e Temer com 29% de rejeição, José Serra (19%), Marina Silva (17%), Geraldo Alckmin (16%). “Essa forte rejeição de Lula o leva a perder em todas as simulações de segundo turno que envolve Marina e os três candidatos tucanos. Por sua vez, Marina vence em todas as simulações contra os três tucanos”, destaca a LCA.

Por fim, em sintonia com a melhora de outros indicadores de confiança do consumidor, dos empresários e também com a recuperação dos ativos financeiros brasileiros, o Índice Datafolha de Confiança (IDC) registrou 98 pontos, uma variação de 11 pontos em relação a fevereiro. Esta é a melhor pontuação desde o final de 2014, destaca a consultoria. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.