“Custo de manter Dilma hoje no poder é alto, mas o custo do impeachment é maior”

Para diretor da consultoria Eurasia, o pior da crise política e econômica está por vir, e janela do impeachment deve se fechar no fim do ano que vem

Paula Barra

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SÃO PAULO – Vivemos hoje em cenário tensionado. “O pior da crise econômica e política está por vir. O auge deve ser até meados de 2016”, disse João Augusto de Castro Neves, diretor da consultoria de risco político Eurasia Group, durante fórum da revista britânica The Economist, que discute nesta terça-feira (27) as perspectivas econômicas para 2016 e desafios políticos do Brasil.

Para ele, a janela do impeachment deve se fechar no fim do ano que vem, com a eleição de 2018 como uma válvula de escape mais razoável. “O custo de manter a presidente Dilma Rousseff hoje no poder é alto e crescente, mas o custo do impeachment é maior”, disse. Isso porque a questão é quem quer assumir o poder agora. Quanto mais o tempo passa, mais essa resposta se torna delicada, dado o pouco tempo para que um possível substituto consiga arrumar a casa. 

Segundo o diretor da Eurasia, o Congresso começa a enxergar que a saída de Dilma, que seria uma solução clássica da crise, não é mais necessária no curto prazo. “Os mesmos fatores que agravam a crise hoje são fatores que potencialmente prejudicarão o governo pós-Dilma”, disse.

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Para ele, a dúvida é sobre o que poderá vir nos próximos cinco a seis meses, que ainda daria tempo para virar essa situação. Do jeito que está, no entanto, ele não acredita que Dilma cairá, já questionado sobre o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, Castro Neves disse: “talvez”, mas não até o final do ano. 

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