Cunha se negou terminantemente a fazer exame para comprovar aneurisma, afirma Depen

Ex-deputado afirmou na última terça-feira que tinha a doença em depoimento para o juiz federal Sérgio Moro

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O diretor do Depen (Departamento Penitenciário do Estado do Paraná), Luiz Alberto Cartaxo, informou no final da manhã desta quarta-feira (8) que o ex-deputado federal Eduardo Cunha se negou a fazer exames médicos para comprovar aneurisma. 

Em interrogatório de três horas ontem, Cunha leu uma carta ao juiz federal Sérgio Moro em que disse ter um aneurisma cerebral – como a ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva, que morreu na última sexta-feira (3) – e que o local onde está detido não tem assistência de saúde adequada, caso necessite. O advogado do deputado cassado, Marlus Arns, disse que não sabia do aneurisma e que iria analisar o caso para ver se cabe um pedido de prisão domiciliar. 

Segundo Cartaxo, por conta da recusa de Cunha,”uma pena leve será colocada na sua ficha carcerária”. Cunha teria se negado terminantemente a fazer este exame, afirmou o diretor do Depen, destacando que foi colhido o depoimento dos médicos. “Na presença desses médicos, ele afirmou que não faria o exame”, afirmou. Já os defensores de Cunha afirmaram que não foram informados sobre o exame.  

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Confira o relato completo do diretor do Depen, obtido pelo G1: 

“Ainda relativamente à questão que envolve Eduardo Cunha e o seu alegado aneurisma, revelado durante audiência na Justiça Federal no dia 7 de fevereiro, hoje, dia 8 de fevereiro de 2017, no início da manhã, o custeado Eduardo Cunha foi instado a realizar exame capaz de dizer se, efetivamente, ele é portador desta enfermidade. O custeado negou-se terminantemente a fazer este exame e colhemos o depoimento dos médicos. E, na presença desses médicos, ele afirmou que não faria o exame. Ressalto, ainda, que esse enfermidade foi revelada no dia 21 de dezembro ao corpo médico do CMP, que solicitou à família e aos advogados que fossem encaminhados os exames e os documentos comprabatórios de tal situação, o que até hoje não aconteceu. Então, por duas vezes, já se tentou comprovar a existência deste aneurisma e, por duas vezes, isto não foi possível. Quero dizer que a negativa por parte de Eduardo Cunha em realizar exames determinados pelo corpo clínico do Complexo Médico-Penal, nos termos das leis de execuções penais, constitui infração leve. Ou seja, o Conselho de Disciplina será aplicado a Eduardo Cunha e uma pena leve será colocada em sua ficha carcerária. Este é o relatório que temos a fazer e esta é a posição definitiva do Depen em relação a esta questão que envolve o aneurisma. Informo, também, que tudo isto está sendo regiamente comunicado ao juiz federal doutor Sérgio Moro, uma vez que se trata de preso provisório sob a égide daquele juiz”.

 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.