Cunha dobra a meta, FHC pede “grandeza” de Dilma e o Estado quebrado: as frases da semana

Um dos destaques da semana foi a denúncia de Janot contra Cunha e Collor, o que suscitou reações dos políticos; Temer, Dilma e cenário internacional também foram destaque

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O final desta semana foi marcada por uma forte queda na Bovespa e também por um cenário de bastante dificuldades no campo político. 

A semana também contou com muitas frases marcantes, com o destaque para o final dela, em meio à denúncia do procurador-geral da República Rodrigo Janot contra Fernando Collor e Eduardo Cunha. 

A presidente Dilma Rousseff também foi um dos destaques, assim como o seu encontro com a chanceler alemã Angela Merkel. As previsões sobre a China e os Estados Unidos também estiveram no radar, assim como a renúncia de Alexis Tsipras. Confira as frases que marcaram a semana:

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Cenário político movimentado

Como diria, primeiro a gente atinge a meta, depois a gente dobra a meta. Vamos tentar atingir a meta e depois, se possível, a gente dobra”
Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados (PMDB-RJ), ironizando a frase da presidente Dilma Rousseff sobre não ter meta e depois “dobrar a meta”, ao citar a votação da reforma tributária. 

“Ninguém vai me constranger. Não há renúncia. Renúncia não faz parte do meu vocabulário. E não o fará. Covardia também não faz parte. Estou absolutamente tranquilo e sereno”.
O mesmo deputado, desta vez respondendo à denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra ele.

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“Como um teatro, o PGR encarregou-se de selecionar a ordem dos atos para a plateia, sem nenhuma vista pela principal vítima dessa trama, que também não teve direito a falar nos autos”
Fernando Collor de Mello, senador pelo PTB de Alagoas e ex-presidente da República, sobre as denúncias de corrupção contra ele feitas por Janot ao STF, em sua página no Facebook.  

“[…] fico me perguntando se por vezes nós não estamos adotando uma postura muito cômoda em pensar que estes casos vão ser uma espécie de salvação nacional, uma espécie de sebastianismo de decisão judicial”
Sergio Moro, juiz federal responsável pela condução da Operação Lava a Jato, ao dizer que a operação não é esperança para o fim da corrupção.  

O Renan não tem fígado. Já o Eduardo é um ser humano com apenas um órgão, o fígado”
Experiente peemedebista em declaração para a coluna Radar Online, da Veja, sobre a diferença entre Eduardo Cunha e Renan Calheiros.  

O ambiente de dificuldades (na política e no futebol)

“Não fazemos nenhum comentário sobre resultado de jogo nenhum”,
Dilma Rousseff, em tom bem-humorado ao se referir à goleada de 7 a 1 que a seleção brasileira tomou da Alemanha em 8 de julho de 2014, durante visita da chanceler Angela Merkel ao Brasil. 

“Em nove meses desde a eleição, nós não conseguimos implementar o que prometemos para o segundo mandato. Eu digo: nos dê mais tempo e então nós poderemos alcançar as expectativas”
A presidente em entrevista ao jornal alemão Handelsbatt, reconhecendo à publicação que não cumpriu o que prometeu ainda.

“Temos dificuldade? Temos, sim. Ninguém tem de tapar o sol com a peneira. Mas achar que está tudo ruim não é a forma pela qual a gente constrói canal”, 
A petista, durante evento de 
entrega de uma estação de bombeamento do Projeto de Integração do São Francisco, em Cabrobó, em Pernambuco.

Ela mudou de atitude, está de fato aberta ao diálogo. Parece ter entendido a gravidade do momento”.
Um deputado que participou de jantar realizado no Palácio do Planalto com Dilma em entrevista ao jornal O Globo; os deputados tiveram a impressão que “caiu a ficha” de Dilma sobre a gravidade da crise política. 

“Já cumpri o meu papel”
Michel Temer, vice-presidente da República em relato reservado. Mais uma vez, ganha forças a hipótese de que ele deixará a articulação política, com o PMDB se afastando do governo federal.  

“Se a própria presidente não for capaz do gesto de grandeza (renúncia ou a voz franca de que errou, e sabe apontar os caminhos da recuperação nacional), assistiremos à desarticulação crescente do governo e do Congresso, a golpes de Lava-Jato”
Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente da República, em sua página no Facebook, em que criticou a presidente logo após as manifestações contra a presidente no domingo. 

 “Quebraram o Estado”
Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central durante o governo FHC, em entrevista ao jornal Valor Econômico, ao falar sobre o governo. 

Exterior e siderúrgicas: mais dificuldades

“Se você se voltar para o mercado de títulos ao redor e olhar para o preço dos títulos relativos aos juros recebidos por essas obrigações, parece muito com a propagação habitual que nos preocuparíamos se fosse no caso de ações, e devemos sim nos preocupar”.
Alan Greenspan, ex-presidente do Federal Reserve, que esteve no cargo entre 1987 e 2006, dando o sinal de alerta sobre uma bolha no mercado de títulos americano.

“É pior do que você imagina. Tudo que você poderia pensar, é pior”
Jim Chanos,  gestor de hedge fund e fundador da Kynikos Associates, ao programa “Fast Money: Halftime Report”, da rede americana CNBC, ao falar sobre a economia chinesa. 

“O povo deve decidir com o seu voto se tomamos as decisões acertadas”
Alexis Tsipras, premiê grego, ao anunciar a sua renúncia ao cargo. Novas eleições devem ser convocadas dia para 20 de setembro.  

“O protecionismo é a única esperança no curto prazo”
analistas do BTG Pactual sobre o setor siderúrgico, destacando que o “fundo do poço” ainda não chegou.  

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.