Cunha acerta exclusão do PT do comando de CPIs em encontro “anti-Dilma”

Enquanto a presidente Dilma Rousseff promoveu um jantar com ministros e a base aliada em busca de maior união da sua base, Cunha acertava comandos da CPIs entre diferentes partidos

Lara Rizério

Publicidade

SÃO PAULO – Ontem, a presidente Dilma Rousseff promoveu um jantar com ministros e a base aliada em busca de maior união da sua base. Porém, na mesma noite, o presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) promoveu um encontro com a oposição e governistas.

E, conforme destacam os jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, a reunião foi feita para definir que o PT ficará de fora do comando de todas as quatro CPIs que serão instaladas nesta e na próxima semana.

Segundo o jornal, a CPI do BNDES será presidida pelo PMDB e relatada pelo PR. A dos fundos de pensão ficará sob comando do DEM e será relatada pelo PMDB. Já o PSDB vai comandar a CPI dos crimes cibernéticos e o PSD ficará com a de maus-tratos e animais. A relatoria das duas últimas não foram definidas.

Oferta Exclusiva para Novos Clientes

Jaqueta XP NFL

Garanta em 3 passos a sua jaqueta e vista a emoção do futebol americano

A divisão foi anunciada pelo líder do DEM na Casa, Mendonça Filho (PE), após reunião de líderes da oposição na manhã desta terça-feira. 

Como ressalta o jornal Folha, como previsto, foi uma reunião totalmente anti-Dilma, apesar de contar com a presença de vários líderes de bancadas governistas, que chegaram à casa do presidente da Câmara, a cerca de doze quilomêtros do Palácio da Alvorada, após deixar do jantar da presidente. 

Além disso, segundo participantes do encontro ouvidos pela Folha, o impeachment também foi um tema bastante discutido. A avaliação é de que precisa ainda aguardar a recomendação do TCU (Tribunal de Contas da União) sobre as contas de Dilma no ano passado. 

Continua depois da publicidade

Se houver o parecer, alguns defendem que Cunha autorize a tramitação do pedido de impeachment. Ele tem dado sinais de que pode fazer isso. Porém, ele apresenta outro caminho: Cunha rejeitaria o pedido, mas a oposição recorreria ao Plenário. Assim, bastaria os votos da maioria dos presentes à sessão para reverter a decisão. 

Newsletter

Infomorning

Receba no seu e-mail logo pela manhã as notícias que vão mexer com os mercados, com os seus investimentos e o seu bolso durante o dia

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.