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SÃO PAULO – A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, vê o seu país passar por um movimento de forte recessão, além de ter que enfrentar o segundo calote da dívida em treze anos. Porém, para ela, o movimento não é isolado, segundo aponta o jornal Folha de S. Paulo, e há alguns culpados.
Segundo apontou o jornal Folha de S. Paulo, Cristina disse que a recessão pela qual a Argentina passa não é isolada de outras nações, citando o baixo crescimento do Brasil como uma das razões pelas quais seu país teve dois trimestres seguidos de recuo econômico.
“O Brasil tem crescimento previsto de 1,3% em 2014 e é o nosso principal sócio comercial”, disse em discurso, referindo-se à projeção do FMI (Fundo Monetário Internacional). O desempenho ruim da indústria automotiva brasileira e o impacto nas exportações argentinas de autopeças foram destacados pela presidente argentina para justificar o menor ritmo da atividade nacional.
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Ação contra os EUA
A Argentina pediu ontem à corte internacional de Haia que abra uma ação legal contra os Estados Unidos devido à dívida soberana do país, no mais recente movimento da terceira maior economia da América do Sul em sua disputa com os credores “holdouts”.
Um comunicado divulgado pela Corte Internacional de Justiça, mais alta corte da Organização das Nações Unidas para disputas entre países, informou que o pedido foi “transmitido ao governo dos EUA. Entretanto, nenhuma ação será tomada no processo a menos e até” que Washington aceite a jurisdição da corte.
A Argentina informou em seu pedido à corte que os EUA “cometeram violações da soberania e imunidades da Argentina e outras violações relacionadas como resultado de decisões judiciais adotados por tribunais dos EUA”.
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A Argentina caiu na semana passada em default de sua dívida reestruturada pela segunda vez em 12 anos devido a uma decisão judicial nos EUA que lhe impediu de pagar compromissos com credores reestruturados. Os chamados credores holdouts são aqueles que não aceitaram os termos da reestruturação da dívida argentina, e que entraram na justiça nos EUA para receber integralmente o valor dos títulos.
(Com Reuters)
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