Crises política e econômica derrubam Brasil no ranking mundial de democracias

O Brasil caiu da 44ª para a 51ª posição entre 167 países, na sua pior posição no ranking, que está na sua 10ª edição

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em meio a uma das maiores recessões da sua história e num cenário de crise política, o Brasil caiu para a sua pior posição em um ranking da EIU (Economist Intelligence Unit) sobre a qualidade democrática dos países. O Brasil caiu da 44ª para a 51ª posição entre 167 países, na sua pior posição no ranking, que está na sua 10ª edição.

O estudo colocou o Brasil como uma “democracia falha” e a sua democracia recebeu nota média 6,96, sendo esta a primeira vez que o País recebeu nota abaixo de 7 desde a criação do ranking, em 2006. O país é bem avaliado em termos de processo eleitoral e pluralismo (9,58), mas tem nota baixa (4,44) em participação política. 

A nota dada pelo ranking à democracia brasileira caiu de 7,38 em 2014 para 6,96 (de um máximo de 10) no ano passado. 

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Segundo o relatório da EIU, o problema do País, e também da América Latina, é a falta de capacidade em igualar “avanços extraordinários na democracia eleitoral” a melhoras efetivas na política e na cultura política, alimentando a insatisfação popular, especialmente em países corruptos. “O caso mais relevante de 2015, de longe, é o do Brasil, onde a presidente Dilma Rousseff enfrenta a ameaça de impeachment”.

A crise econômica também afeta a avaliação sobre os países. No passado, as nações latino-americanas toleraram níveis mais baixos de democracia em troca de progresso na economia.

Por outro lado, o Brasil é destaque no relatório por conta do combate à corrupção. “Em 2015, uma grande reação popular contra a corrupção se consolidou na América Latina – onde a criminalidade, a violência e o tráfico de drogas, assim como a corrupção, têm tido um impacto corrosivo na democracia. Isso levou a investigações e prisões nos níveis mais altos de governos e em empresas de países como o Brasil e a Guatemala”. 

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Os países com a melhor pontuação são Noruega, Islândia e Suécia. Os piores colocados no ranking são Chade, Síria e Coreia do Norte.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.