Covas mantém 48%, Boulos sobe para 41%, e disputa em São Paulo entra em empate técnico, mostra XP/Ipespe

Faltando três dias para o segundo turno, pesquisa mostra que diferença entre os candidatos cai para 7 pontos, no limite da margem de erro

Marcos Mortari

SÃO PAULO – A três dias do segundo turno, a vantagem numérica do atual prefeito e candidato à reeleição Bruno Covas (PSDB) contra o líder dos sem-teto Guilherme Boulos (PSOL) na disputa pela prefeitura de São Paulo chegou ao menor nível já registrado. É o que mostra nova edição da pesquisa XP/Ipespe, divulgada nesta quinta-feira (26).

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O levantamento contou com 800 entrevistas telefônicas, conduzidas por operadores nos dias 24 e 25 de novembro. A margem máxima de erro é de 3,5 pontos percentuais para cima ou para baixo. O registro junto à Justiça Eleitoral é TSE SP09138/2020.

De acordo com a pesquisa, Covas tem 48% das intenções de voto totais – mesmo patamar de uma semana atrás. Já Boulos chegou a 41%, em um salto de 9 pontos percentuais em uma semana – ou 17 p.p. em duas. Votos em branco, nulos e eleitores indecisos, que antes somavam 20%, agora são 11%.

Com isso, a distância entre os candidatos passou a ser de 7 pontos percentuais, o que configura empate técnico no limite da margem de erro – já que os dois candidatos podem ter 44,5% das intenções de voto. Há duas semanas, a vantagem do tucano era de 31 pontos.

Uma comparação com a última pesquisa mostra que Boulos cresceu em todos os recortes, mas sobretudo entre as mulheres (+10 p.p.), entre os eleitores com idade de 16 a 24 anos (+18 p.p.) ou 25 a 44 anos (+13 p.p.), com ensino superior (+11 p.p.) ou ensino médio (+9 p.p.) e com renda familiar de dois a cinco salários mínimos (+10 p.p.) ou superior a cinco salários (+9 p.p.).

Já Covas teve oscilações menos bruscas nos recortes por sexo, nível de escolaridade e renda. O tucano perdeu terreno entre os eleitores mais jovens, mas cresceu entre aqueles com idade superior a 60 anos (+7 p.p.) – grupo em que já contava com ampla vantagem sobre seu adversário.

Fonte: XP/Ipespe | O primeiro quadro é da pesquisa de 17 de novembro. O segundo, do levantamento de 25 de novembro.

Considerando apenas os votos válidos – ou seja, excluindo os votos em branco, nulos e os eleitores indecisos –, Covas tem 54% e Boulos 46%. A diferença chegou a ser de 40 pontos na semana do primeiro turno. O levantamento indica um movimento exitoso do candidato do PSOL em conquistar eleitores que até então não tinham candidato.

Apesar da melhora no desempenho de Boulos, a pesquisa mostra que a rejeição ao candidato da oposição segue maior do que a do atual prefeito.

São 42% os que dizem que não votariam no líder dos sem-teto de jeito nenhum, contra 34% os que dizem que não escolheriam o tucano em hipótese alguma.

O levantamento registra também uma deterioração na avaliação da gestão Covas. O grupo que considera a administração boa ou ótima caiu de 37% para 31%, enquanto os que a veem como ruim ou péssima passou de 21% para 24%. As avaliações positivas são praticamente o dobro das que tem o governador João Doria (PSDB), seu apoiador e figura explorada pela campanha adversária.

Questionados sobre o comparecimento às urnas no próximo domingo (29), 90% dos entrevistados responderam que com certeza votarão. Outros 4% dizem que ainda vão decidir, enquanto 5% acham que não irão por causa do risco de contaminação pelo novo coronavírus.

Vale lembrar que pesquisa XP/Ipespe de âmbito nacional, divulgada na última segunda-feira (23), mostrou um aumento da preocupação do brasileiro com a pandemia de covid-19 e uma percepção de maior chance de segunda onda da doença no país – o que pode elevar o risco de abstenção neste segundo turno.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.