Cotado para ser ministro da Fazenda de Bolsonaro, Guedes destaca em artigo agenda-chave para 2018

Segundo o economista, uma agenda liberal-democrata é agora a chave para a regeneração da classe política e a retomada do crescimento

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Cotado por Jair Bolsonaro na semana passada para assumir o ministério da Fazenda caso o deputado seja eleito presidente, o economista Paulo Guedes deu mais sinais sobre a sua visão econômica em seu artigo desta semana para o jornal O Globo.

De acordo com ele,

. Segundo ele, o descredenciamento de partidos e lideranças de um establishment social-democrata perante a opinião pública abriu um vácuo ao centro do espectro partidário para a ascensão de uma nova classe política capaz de abraçar essa agenda.

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“A governabilidade viria pela coalizão em torno de um programa liberal-democrata, pela primeira vez desde a redemocratização, para conduzir a necessária agenda de modernização evitada ao longo de mais de três décadas por espúrias alianças de obsoletos social-democratas com oportunistas conservadores”, apontou o economista.

De acordo com ele, “como os trinta anos de expansão ininterrupta de gastos
públicos sob a social-democracia nos levaram à corrupção na política e à estagnação na economia, um programa liberal-democrata é o caminho para regenerar a democracia, restabelecer a governabilidade, fortalecer a Federação e recuperar nossa dinâmica de crescimento. Sem toma-lá-dá-cá num ministério enxuto em Brasília, e com mais dinheiro para segurança, saúde e educação nos municípios, onde o povo está”. Guedes aponta que essa rota da prosperidade já foi trilhada por muitos países em épocas diversas.

Guedes é um dos fundadores do Instituto Millenium, um think tank brasileiro referência no pensamento econômico liberal com sede no Rio de Janeiro,  um dos quadro fundadores do Banco Pactual e também é fundador e sócio majoritário do grupo BR Investimentos, hoje parte da Bozano Investimentos – companhia que investe em ações privadas (private equity). Economista com Ph.D  em economia pela Universidade de Chicago, considerada uma referência do pensamento econômico liberal, Guedes também já foi integrante do conselho de administração de diversas companhias. Dentre elas, PDG Realty (PDGR3), Localiza (RENT3) e Anima Educação (ANIM3).

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Antes de ser relacionado a Bolsonaro, o economista foi um dos responsáveis por promover a “quase candidatura” do apresentador de TV Luciano Huck.

Já na semana passada, ao ser apontado como provável ministro da Fazenda de Bolsonaro, Guedes afirmou que tem conversado com o deputado, mas não confirmou se integraria o governo. “Quer saber se a ordem se encontrou com o progresso? O que Bolsonaro informou é exato. Conversamos duas vezes”.

No domingo, matéria do jornal O Estado de S. Paulo destacou que há algumas dúvidas sobre se Guedes se o noivado hétero”, como afirmou Bolsonaro ao apontar o nome do economista na Fazenda, “vai virar casamento”.

“Alguns analistas, como o economista Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central e hoje responsável pela fundação do Partido Novo, dizem que Guedes ‘conversa com todo mundo’ e que os contatos com Bolsonaro darão em nada. Para reforçar sua percepção, Franco lembra o que aconteceu em 2015, quando Guedes foi convidado para um jantar no Palácio da Alvorada com a ex-presidente Dilma Rousseff, que queria sondá-lo para substituir o então ministro da Fazenda Joaquim Levy. As negociações, como se sabe, não evoluíram e ele nunca ocupou o cargo”, aponta a publicação. Mas, com certeza, o aceno ao mercado de Bolsonaro ganhou impulso com a novidade.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.