Cotado para chapa com Lula, empresário diz que só seria vice de grande crítico do petista

"Só aceitaria se for [um pedido] do Flávio Rocha [presidente do grupo Guararapes, controlador da varejista Riachuelo]", afirmou Josué Gomes da Silva

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Cotado para ser vice na chapa de Lula à presidência, o empresário Josué Gomes da Silva, presidente da Coteminas, disse em evento nesta quinta-feira (31) que não pretende integrar uma chapa em 2018. Porém, ele abriu uma exceção.

“Só aceitaria se for [um pedido] do Flávio Rocha [presidente do grupo Guararapes, controlador da varejista Riachuelo]. Se ele se lançar à presidência, meu voto é dele e se me convidasse a vice eu aceitaria, mas fora isso estou 100% focado nas nossas empresas”, disse Gomes em evento, de acordo com informações do Valor.

Flávio Rocha, aliás, é um dos grandes críticos do petista no setor empresarial. Em entrevista ao InfoMoney em junho, durante a Expert 2017, o empresário afirmou que Lula “nunca ganhou eleição” de fato, creditando todo seu sucesso ao seu marqueteiro na campanha eleitoral de 2002, Duda Mendonça. “Quem ganhou a eleição foi uma figura mitológica criada pela genialidade do Duda Mendonça, que foi o ‘Lulinha Paz e Amor’. Essa foi uma figura mitológica cuja máscara caiu e não existe mais”. Para ele, Lula voltou agora a ser o candidato que perdeu três eleições consecutivas [as de 1989, 1994 e 1998]. “O Lula só se sustentou politicamente quando conquistou o centro. E esse centro ele perdeu definitivamente”, complementou.

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Na semana passada, o jornal O Estado de S. Paulo informou que Josué –  filho do ex-vice-presidente José Alencar, eleito numa dobradinha com Lula em 2002 e 2006 e que morreu em março de 2011 – era o mais cotado para ser o vice do petista nas eleições do ano que vem. 

Segundo disse ao jornal o deputado federal Reginaldo Lopes, ex-presidente do PT mineiro, o ex-presidente e o empresário têm conversado sobre o assunto. Ele foi categórico: “o Josué vai ser o vice do Lula em 2018. Estive com os dois recentemente”. Josué é  filiado ao PMDB desde 2013 e, para viabilizar uma eventual candidatura a vice de Lula em 2018, teria de deixar o partido. De acordo com o jornal, o destino seria o PR, sigla à qual seu pai foi filiado quando se candidatou a vice-presidente e na qual se manteve durante todo o governo do petista.  

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.