Corte de 25 ou 50 pontos-base na Selic mantém Brasil com segundo maior juro real

País permaneceria atrás apenas de Turquia após Copom, mostra UpTrend; em juros nominais, taxa nacional ocupa quarto lugar

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Na véspera do início da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), a expectativa de maior conservadorismo é predominante no mercado. Confirmada a perspectiva de diminuição no ritmo de corte da Selic, para 0,25 ponto percentual, o Brasil seguirá ocupando o segundo lugar do ranking mundial de juros reais.

Na quarta-feira (5), o colegiado atualiza a taxa básica de juro brasileira, atualmente em 11,50% ao ano. A0 principal questão é referente à magnitude do provável corte: 50 ou 25 pontos-base.

Ex-líder

No entanto, em qualquer um dos cenários, o País não tem sua chancela de segundo maior juro real do mundo ameaçada, segundo estudo da UpTrend Consultoria Econômica. A liderança, que pertence à Turquia, era brasileira, mas mudou de dono depois de quase três anos, devido ao último encontro do comitê.

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Na reunião do Copom realizada nos dias 17 e 18 de julho, a taxa foi reduzida em 50 pontos-base, para 11,50% ao ano, o menor patamar desde a criação da autarquia. Foi a décima sétima queda consecutiva do juro, totalizando um recuo de 8,25 pontos percentuais e o segundo corte deste tamanho, desde a reunião de novembro de 2006.

De acordo com o relatório Focus desta semana, as projeções do mercado se concentram no corte de 25 pontos-base. E as estimativas para a Selic ao final de 2007 foram elevadas de 10,75% para 11% ao ano.

Juros reais

No ranking elaborado pela UpTrend, se a taxa básica de juro for reduzida em 0,25 ponto percentual, o juro real nos últimos 12 meses atingirá 8,6%. Enquanto isso, a Turquia fica com 9,6%. O ranking não muda quando considerado o afrouxamento de 50 pontos-base.

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Ainda sobre os 25 pontos-base, em seguida, aparecem no ranking Israel (4,4%), Austrália (4,3%) e Filipinas (3,7%). Na previsão para os próximos 12 meses – também descontada a inflação – o cenário não sofre muitas alterações. Depois da líder Turquia com 9,4%, o Brasil assegura a segunda colocação com 7,3%.

O economista-chefe da UpTrend, Jason Vieira, lembra que o segundo lugar ainda é um grande atrativo de investimentos financeiros. Além disso, “a qualidade dos indicadores macroeconômicos, das regulações de mercado e da estabilidade política é muito superior à maioria dos primeiros colocados do ranking nominal”, acrescenta.

Juros nominais

E quando o assunto é juros nominais, o País vai para o nono mês seguido fora da liderança, em qualquer que seja a opção de redução do Copom. A nação ocupa o 4º lugar com 11,3%, ficando atrás de Turquia, Venezuela e Argentina.

Em termos nominais, a taxa é a menor da história da economia nacional. O título já havia sido conquistado em abril, quando o Copom reduziu a Selic para 12,50% ao ano. Antes disso, a menor taxa básica nominal da economia já registrada havia sido em outubro de 1974: 12,68% ao ano.

“O Brasil tem como vantagem a baixa inflação, resultados positivos do setor externo e cenário político inócuo em relação à economia, fazendo daqui um dos principais alvos de investimentos entre os países emergentes”, afirma Vieira.

Confira as dez maiores taxas nominais

Ranking País Taxa Ano
1 Turquia 17,5%
2 Venezuela 17,2%
3 Argentina 11,6%
4 Brasil 11,3%
5 Rússia 10,0%
6 África do Sul 9,7%
7 Colômbia 8,5%
8 Indonésia 8,1%
9 Hungria 7,8%
10 México 7,3%

Fonte: UpTrend

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