Consumo interno e facilidade monetária devem sustentar economia em 2010, diz EIU

Brasil "deverá exercer uma influência crescente no palco internacional"; analistas abordam eleições presidenciais

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SÃO PAULO – A economia brasileira deve crescer em 2010, sustentada pela melhora do consumo doméstico, pelas facilidades monetárias e pela inflação mais baixa, aponta a Economist Intelligence Unit (EIU). Os especialistas também relembram que os gastos públicos aumentarão com a aproximação das eleições presidenciais.

Com as tensões no Senado, a EIU avalia que o terceiro mandato consecutivo ocupado pelo PT (Partido dos Trabalhadores) pode estar ameaçado. Ademais, o estado de saúde e as más performances nas pesquisas eleitorais geram incertezas quanto à candidatura de Dilma Rousseff, Ministra-Chefe da Casa Civil, que pode até mesmo ser substituída pelo deputado federal Antonio Palocci.

Quanto às relações externas, os analistas avaliam que o presidente Luis Inácio Lula da Silva procura moderar tensões internacionais. Caso o próximo político a ocupar o cargo seja José Serra (PSDB-SP), “o governo seria menos tolerante com os esforços do presidente Chávez de expandir sua influência na região”. Assim, como um dos maiores mercados emergentes, o Brasil “deverá exercer uma influência crescente no palco internacional”.

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Medidas de estímulo?

Além disso, a sólida posição financeira dos bancos do Estado contribuirá para as condições de crédito e facilitará medidas de estímulo anti-cíclicas, as quais mitigarão os impactos da recessão global no País.

A EIU ressalta que, na comparação com outros países, as taxas de juros brasileiras ainda são altas e muitos pré-requisitos são exigidos pelos bancos; nestas condições, “há espaço para mais medidas monetárias”.

Perspectivas

Os especialistas apostam em uma contração de 1% no PIB (Produto Interno Bruto) de 2009 e em uma expansão de 3,3% para o próximo ano. Ademais, a queda da demanda interna contribuirá para uma trajetória desinflacionária neste ano e para sua recuperação em 2010. Assim, espera-se que a inflação caia para 4,1% e 3,9%, respectivamente, em 2009 e 2010.

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As eleições presidenciais também poderão gerar volatilidade para a moeda brasileira, mas em menor intensidade do que as anteriores. Portanto, a EIU destaca que “os sólidos fundamentos macroeconômicos ajudarão o real a permanecer entre uma das menos voláteis unidades monetárias de países emergentes”.

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