Conservadores vencem eleição e Grécia deve continuar na Zona do Euro

Nova Democracia e Pasok, que negociaram o último pacote de resgate, obtêm maioria no Parlamento; oposição ganha força

Fernando Ladeira

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SÃO PAULO – A Grécia deve continuar na Zona do Euro, já que os partidos pró-resgate conseguiram, neste domingo (17), a maioria no Parlamento, segundo dados oficiais e com todos os votos já apurados. Com 29,6% de apoio, o conservador Nova Democracia alcançou 129 cadeiras no Parlamento, formado por 300 representantes. Por ser o partido mais votado, ele conseguiu um bônus de 50 vagas.

Dessa forma, ao somar os 12,3% do socialista Pasok, ou mais 33 cadeiras, os dois principais partidos responsáveis pelas negociações do último pacote de resgate internacional terão a maioria e devem formar um governo de coalizão com ao menos 162 assentos. Entretanto, ambos partidos já indicaram que pretendem realizar alguns ajustes no programa de ajuda.

Em declaração a uma televisão local, o ministro de relações exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, declarou que os prazos das reformas acordadas no resgate podem ser revistos, tendo em vista o impasse político que o país enfrentou desde maio. No entanto, o ministro negou uma renegociação dos termos já acertados entre a Grécia e seus credores.

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Agora resta saber qual será a repercussão na reunião entre os líderes do G20 – grupo formado por 19 economias desenvolvidas e emergentes mais a União Europeia -, que terá início nesta segunda-feira, no México.

UE: Grécia permanece na Zona do Euro…
Apesar disso, parece que o país deverá, realmente, continuar no bloco da moeda única. “O povo grego falou. Nós respeitamos completamente a escolha democrática deles. Nós estamos esperançosos que o resultado da eleição permitirá que um governo seja formado rapidamente”, declararam em comunicado os presidentes da Comissão Europeia e do Conselho Europeu, José Manuel Durão Barroso e Herman Van Rompuy. 

Barroso e Rompuy elogiaram os sacrifícios do povo grego e reiteraram que a Grécia continua a fazer parte da Zona do Euro. Eles ainda destacaram que estão prontos para trabalhar junto com o novo governo para colocar a economia em um caminho sustentável.

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…mas oposição ganha força
Por outro lado, surpreende a ascensão de partidos radicais no Parlamento quando comparado ao último governo, assim como a taxa de abstenção, em 37,5%. O Syriza, partido radical de esquerda e que prega a revisão dos acordos, obteve 26,9% dos votos, com 71 vagas no Parlamento. Já o Aurora Dourada, grupo neonazista que acendeu o sinal de alerta na última eleição, alcançou 6,9% dos votos, o que lhe garante 18 cadeiras.

Ainda antes da contagem final dos votos, o líder do Nova Democracia, Antonis Samaras, convidou todos os partidos a formarem um governo de coalizão, o que chamou de “um governo de salvação nacional”. Por sua vez, o líder do Syriza, Alexis Tsipras, já manifestou sua intenção em continuar a fazer parte da oposição. A posição de Tsipras contraria o pedido do líder do Pasok, Evangelos Venizelos, o qual defendeu que um governo de união nacional deveria incluir o Syriza.

Essa foi a segunda tentativa dos gregos em formar um governo. Em maio, os eleitores não chegaram a um consenso e nenhum partido conseguiu formar um governo com maioria no Parlamento, o que necessitou a convocação de novas eleições. 

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