Congresso prepara nova manobra para “estancar sangria” da Lava Jato

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, deputados e senadores concentram ofensiva em torno dos conselhos de ética

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – O aumento do risco de pressão por parte da operação Lava Jato tem feito o mundo político ensaiar novas ofensivas de defesa contra as investigações. Conforme noticia o jornal Folha de S. Paulo na edição desta segunda-feira (20), a nova ofensiva dos parlamentares se daria nos conselhos de ética das duas casas legislativas, “tribunal” em que os partidos envolvidos em possíveis irregularidades pretendem concentrar esforços para mitigar os danos que se aproximam com a delação de executivos e ex-executivos da Odebrecht.

Segundo a reportagem, no Senado o colegiado composto por 15 parlamentares deverá ser presidido pela sexta vez por João Alberto Souza (PMDB-MA), conhecido por sua ligação com o ex-presidente José Sarney (PMDB-AP). O senador tem a fama de engavetar representações e diz que já foi procurado por alguns partidos, mas se recusa a informar quais. O parlamentar entende que delações pela Lava Jato não são suficientes para a abertura de processos contra colegas.

No Conselho de Ética da Câmara, o cenário ainda é mais nebuloso. Atualmente, dois deputados dentre os 21 que fazem parte do colegiado estão cotados para a presidência: Marcos Rogério (DEM-RO) e Sandro Alex (PSD-PR). Os dois não fazem parte do grupo que tentou ajudar Eduardo Cunha (PMDB-RJ) contra o processo que terminou por cassar seu mandato. Por isso, integrantes do atual conselho relatam conversas para o fechamento de apoio em torno de uma terceira via.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.