Congresso está empenhado em ajudar país a equilibrar contas, diz Haddad

'Nós temos o apoio tanto do presidente da Câmara quanto do Senado', disse o ministro da Fazenda a jornalistas em Doha, no Catar

Reuters

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), durante entrevista (Foto: Diogo Zacarias)

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avaliou, nesta quinta-feira (30), que o Congresso está disposto a ajudar o país a equilibrar suas contas, acrescentando que o governo vai “trabalhar até o último dia” para aprovar medidas que aumentem a arrecadação e o aproximem da meta de zerar o déficit primário em 2024.

“Nós vamos trabalhar até o último dia para tudo isso ser aprovado. Nós temos o apoio tanto do presidente da Câmara quanto do Senado”, disse Haddad a jornalistas em Doha, no Catar, sobre uma série de medidas em discussão no Congresso para aumentar a arrecadação, como a regulamentação de incentivos federais baseados em subvenções estaduais, taxação de apostas esportivas e alteração do mecanismo de Juros sobre Capital Próprio (JCP).

Os comentários de Haddad vêm num momento de preocupação com o ritmo de tramitação dessas propostas no Legislativo, uma vez que o Congresso está entrando em seu mês final de trabalho antes do recesso, ao mesmo tempo que parte das medidas em negociação enfrenta resistências de parlamentares.

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Ainda assim, “penso que o Congresso Nacional está empenhado a ajudar o país a equilibrar suas contas”, afirmou Haddad. Na quarta-feira (29), o plenário do Senado aprovou o projeto que trata da tributação de fundos exclusivos e de offshores, enviando para sanção presidencial.

Questionado por um jornalista sobre o que o governo fará caso não consiga alcançar a meta de déficit zero no ano que vem, Haddad respondeu que, “se não der para alcançar, nós vamos tomar outras medidas; nós não podemos parar, nós temos que perseguir essa meta obstinadamente”.

Haddad voltou a dizer que o governo está se esforçando para corrigir “distorções provocadas nos últimos anos que minaram a base fiscal do Estado brasileiro”, buscando ao mesmo tempo “uma economia mais estável, uma taxa de juros mais baixa, mais investimentos estrangeiros”.

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O ministro da Fazenda participou em Doha do Fórum Econômico Brasil–Catar: Oportunidades e Negócios, depois de na véspera ter se encontrado com representantes da Arábia Saudita.

Ele afirmou que os sauditas investirão 10 bilhões de dólares no Brasil que ajudarão a “melhorar a logística, melhorar a produtividade da economia brasileira (e) gerar empregos”. Com o Catar, o governo ainda está “começando uma negociação”, disse Haddad.