Confira os 14 governadores que foram eleitos neste 2º turno

Luiz Fernando Pezão foi reeleito governador no Rio de Janeiro; confira a apuração em mais estados

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Além da presidência da República, com Dilma Rousseff (PT) sendo reeleita, 13 estados e o Distrito Federal tiveram seus governadores eleitos neste domingo. O último governador eleito neste domingo foi o do Acre, com a eleição de Tião Viana (PT) com 51,30%, ante 48,70% de Marcelo Bittar (PSDB) com 48,70% dos votos. 

RIO DE JANEIRO
Com 95.9% das urnas apuradas, o candidato do PMDB, Luiz Fernando Pezão, está matematicamente eleito para um novo mandato de quatro anos a frente do governo do Rio de Janeiro para mais um mandato. Pezão tem 56% dos votos válidos. Marcelo Crivella tem 43,9%. Votos brancos somam 3,3% e os nulos, 13,9%. Até o momento, a abstenção registrada é 22,3%.

Nascido em Piraí (RJ) e formado em economia e administração de empresas, Pezão, 59 anos, assumiuo governo do Rio de Janeiro após a saída de Sérgio Cabral, em abril deste ano.

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Pezão entrou para a vida política na década de 1980. Foi eleito vereador (em 1982 e em 1993) e prefeito de sua cidade natal por duas vezes (1996-2000 e 2001-2004). Também foi secretário estadual de Obras e vice-governador do estado ao longo dos mandatos de Cabral, entre 2007 e 2014.

O vice-governador de Pezão é o senador Francisco Dornelles, do PP.

AMAZONAS
Com 98,38% das urnas apuradas, o candidato do PROS, José Melo, está matematicamente eleito governador do Amazonas, com 55,77% dos votos válidos já apurados. Eduardo Braga, do PMDB, tem 44,23% dos votos válidos. Até o momento, os votos brancos somam 1,58% e os nulos 7,54%. A abstenção está em 22,12%.

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Economista formado pela Universidade Federal do Amazonas, José Melo, 68 anos, já foi eleito deputado federal duas vezes (1994 e 1998). Conhecido também como professor José Melo, ele se tornou deputado estadual em 2002. Em 2010, foi eleito vice-governador na chapa encabeçada por Omar Aziz (PSD), que deixou o cargo este ano para concorrer a uma vaga ao Senado.

RORAIMA
Com 96,6% das urnas apuradas, a candidata do PP, Suely Campos, está matematicamente eleita governadora de Roraima. Ela está com 54,89% dos votos válidos já apurados. Chico Rodrigues, do PSB, tem 45,11% dos votos válidos. Até o momento, os votos brancos somam 1,35% e os nulos 5,97%. A abstenção está em 16,51%.

Suely Campos tem 61 anos e é natural de Boa Vista. Ela foi anunciada, no dia 13 de setembro, como substituta de seu marido, Neudo Campos (PP), que concorria ao governo de Roraima. A candidatura de Neudo Campos foi rejeitada pela Justiça Eleitoral de Roraima, em função de uma condenação por peculato e rejeição de contas pelo Tribunal de Contas de União (TCU).

A candidata eleita já ocupou vários cargos públicos: foi deputada federal, de 2009 a 2012, vice-prefeita de Boa Vista e secretária estadual do Trabalho e Bem-Estar Social.

RIO GRANDE DO NORTE
A apuração no Rio Grande do Norte terminou às 20h56. Na contagem final, o candidato Robinson Faria (PSD) venceu a disputa para o governo, com 54,42% dos votos válidos. Henrique Alves (PMDB) ficou em segundo lugar, com 45,58% dos votos válidos. Os votos brancos somam 3,07% e os nulos, 12,78%. A abstenção alcançou 17,66%.

Robinson Faria, 55 anos, nasceu em Natal. É advogado, empresário e pai do deputado federal Fábio Faria, vice-presidente da Câmara.

Entrou na política em 1986, quando foi eleito o deputado estadual mais jovem do Rio Grande do Norte. Depois, conquistou mais cinco mandatos consecutivos. Nos dois últimos, exerceu a presidência da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte.

Atual vice-governador do estado, Robinson Faria compôs, nas eleições de 2010, a chapa liderada por Rosalba Ciarlini (DEM). Em 2011, com oito meses de governo, decidiu romper com o grupo político da governadora

No primeiro turno, Henrique Alves conquistou 47,3% dos votos válidos e Robinson Faria, 42%.

RIO GRANDE DO SUL
Governador eleito do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB) agradeceu hoje (26) à noite os votos da população gaúcha e disse que vai governar para todos. Com 100% das urnas apuradas, Sartori teve 61,21% dos votos válidos e Tarso Genro (PT), que concorria à reeleição, ficou com 38,79% dos votos. Votos brancos somaram 3,18% e os nulos, 4,97. As abstenções alcançaram 18,19%.

“Ainda não caiu a ficha. Quero saudar todos os partidos que estiveram conosco no segundo turno. Quero deixar um recado a todo o povo do Rio Grande do Sul. Muito obrigado pelo carinho, pela confiança por nos ter levado ao segundo turno, porque decidiu ouvir o coração, que não tem margem de erro”, disse, em coletiva de imprensa, em um hotel no centro de Porto Alegre, onde foi recebido, com festa, por militantes e aliados políticos.

Mesmo apoiando o candidato Aécio Neves, Sartori disse acreditar que não terá problemas no diálogo com a presidenta reeleita, Dilma Rousseff (PT). “Vamos ter uma convivência normal de relacionamento, assim como o governador tem de ter com os municípios”.

Ele agradeceu a ligação do candidato derrotado, Tarso Genro, para parabenizá-lo. “Fico gratificado, porque recebi ligação do Tarso,que me cumprimentou pela eleição. Recebi como uma delicadeza importante. Sempre acreditei que adversário não é inimigo. Queremos agregar e junta. Como temos dificuldades pela frente, toda ajuda que vier será de bom grado”.

Sartori não adiantou nomes da nova equipe nem as prioridades do governo. “Farei um governo para todos, para todos os setores, para todas as regiões. É por isso que dizemos que nosso partido é o Rio Grande. Queremos fazer um governo simples, honesto e eficiente”, salientou.

Sartori nasceu em Farroupilha (RS) e formou-se em filosofia pela Universidade de Caxias do Sul. Em Caxias do Sul, ele começou a carreira política, elegendo-se, em 1976, vereador. Posteriormente, em 2004, elegeu-se prefeito da cidade, sendo reeleito em 2008.

Nas décadas de 1980 e 1990, Sartori ocupou o cargo de deputado estadual por cinco mandatos consecutivos. O vice-governador eleito é José Paulo Cairoli (PSD). A coligação que apoia o peemedebista é formada por PMDB, PSD, PPS, PSB, PHS, PTdoB, PSL e PSDC.

O próximo ocupante do Palácio Piratini comandará um estado com população estimada em 11,2 milhões pessoas. É quarto maior Produto Interno Bruto (PIB) do país, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O Rio Grande do Sul tem economia diversificada, com destaque para o setor agropecuário, responsável por 62,1% do PIB estadual, seguido pela indústria (29%) e serviços (8,7%).

GOIÁS
A apuração em Goiás terminou às 20h40. Na contagem final, o candidato Marconi Perillo (PSDB) venceu a disputa para o governo, com 57,44% dos votos válidos. Iris Rezende (PMDB) ficou em segundo lugar, com 42,56% dos votos válidos. Os votos brancos somaram 2,68% e os nulos, 7,59%. A abstenção foi 21,53%.

Marconi Perillo, 51 anos, nasceu no município goiano de Palmeiras de Goiás. Formado em direito, começou sua carreira política na década de 1980, como presidente do PMDB Jovem de Goiás e, depois, como presidente nacional da Juventude do PMDB.

O primeiro mandato foi conquistado em 1990, quando foi eleito deputado estadual pelo PMDB. Quatro anos depois, em 1994, chegou à Câmara dos Deputados, dessa vez, eleito pelo PP. Já no PSDB, foi eleito governador do estado em 1998 e reeleito em 2002. Em 2006, chegou ao Senado com 75,82% dos votos válidos, alcançando uma votação histórica no estado. Foi eleito governador de Goiás novamente em 2010.

Esta foi a terceira vez em que Perillo derrotou Iris Rezende na disputa pelo governo de Goiás.

No primeiro turno, Marconi Perillo ficou com 45,8% e Iris Rezende 28,4% dos votos válidos.

PARÁ
O governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), foi reeleito hoje (26), em segundo turno, para mais um mandato de quatro anos à frente do governo do Pará. Com 96,92% das urnas apuradas, Jatene está, numericamente, reeleito. Ele tem 51,97% dos votos, enquanto Helder Barbalho (PMDB) está com 48,03% dos votos. Votos brancos somam 1,49% e nulos 6,18%. As abastenções foram 25,16%.

Simão Jatene nasceu em abril de 1949, em Belém. Economista, ex-diretor musical e ex-servidor público do estado, participou da fundação do PSDB, em 1988, e foi secretário de estado de Planejamento no governo de Jader Barbalho.

É a terceira vez que Jatene candidata-se ao governo do estado e, este ano, integrou a maior coligação já formada no Pará – Juntos com o Povo -, que reuniu 15 partidos, entre eles, PSDB, PSC, PSD, PP, PSB, PPS, SDD e PTB.

Em 2002, Jatene foi eleito governador com pouco mais de 51% dos votos em segundo turno. Depois de quatro anos de mandato, ele decidiu não disputar a reeleição. Jatene voltou a se candidatar em 2010 quando foi novamente escolhido pela maioria dos paraenses.

RONDÔNIA
O candidato Confúcio Moura (PMDB) é matematicamente eleito governador de Rondônia, com 53,33% dos votos válidos. Expedito Júnior (PSDB) ficou com 46,67% dos votos válidos. Até agora foram apuradas 96,22% das urnas. Os votos brancos somam 1,91% e os nulos, 5,87%. A abstenção está em 24,30%.

Confúcio Moura nasceu na cidade de Dianópolis, Tocantins, em 1948. Foi policial militar por nove anos. Formado em medicina, iniciou a carreira política em 1994, quando se elegeu deputado federal.

Foi reeleito deputado em 1998 e em 2002. Em 2004, foi eleito prefeito de Ariquemes (RO), renunciando ao mandato na Câmara dos Deputados. Em 2008 foi reeleito para novo mandato como prefeito e, em 2010, renunciou ao cargo para se candidatar a governador do estado, vencendo o pleito em segundo turno.

O tocantinense concorre a mais um mandato de governador pela coligação Rondônia no Caminho Certo, formada pelo PMDB, PDT, PSB, PTN, PTB, PCdoB, PRTB, PSL e PRP.

No primeiro turno, Confúcio Moura teve 35,86% dos votos e Expedito Júnior, 35,42%.

MATO GROSSO DO SUL
Termina a apuração das urnas em Mato Grosso do Sul. Reinaldo Azambuja (PSDB) venceu a disputa para o governo do estado, com 55,34% dos votos válidos. Delcídio do Amaral (PT) ficou com 44,66%. Os votos brancos somaram 1,58% e os nulos, 2,51%.  O estado registou abstenção de 23,13%.

Reinaldo Azambuja é deputado federal pelo PSDB. Foi eleito prefeito de Maracaju, no interior do estado, em 1996 e reeleito em 2000. Quatro anos depois, foi eleito deputado estadual, e em 2008, deputado federal. Azambuja disputou a prefeitura de Campo Grande em 2012, quando perdeu no segundo turno. Concorre pela primeira vez ao governo de Mato Grosso do Sul.

No primeiro turno, Delcídio obteve 42,92% e Reinaldo Azambuja, 39% dos votos válidos.

AMAPÁ
A apuração no Amapá foi encerrada às 20h18. Na contagem final, o candidato Waldez Góes (PDT) venceu a disputa para o governo, com 60,58% dos votos válidos. Camilo Capiberibe (PSB) ficou em segundo lugar, com 39,42% dos votos válidos. Os votos brancos somam 1,27% e os nulos, 5,29%. A abstenção foi 14,56%.

Natural de Gurupá (PA), Waldez Góes, 53 anos, já governou o estado do Amapá entre 2003 e 2010. Renunciou no fim do segundo mandato para concorrer ao Senado, mas não conquistou a vaga. Entre 1995 e 1999, Góes foi deputado estadual. A coligação que apóia o candidatoóia é formada pelo PDT, PMDB e PP, partido do candidato a vice-governador, Papaleo Paes.

No primeiro turno, Waldez teve 42,1% e Camilo Capiberibe 27,5% dos votos válidos.

CEARÁ
Com 97,41% das urnas apuradas, o candidato do PT, Camilo Santana, está matematicamente eleito governador do Ceará, com 53,31% dos votos válidos já apurados. Eunício Oliveira, do PMDB, tem 46,69% dos votos válidos. Até o momento, os votos brancos somam 2,08% e os nulos 5,56%. A abstenção está em 21,67%.

Natural de Creto (CE), Camilo Santana tem 46 anos. Servidor público federal, começou a carreira política atuando junto ao movimento estudantil.

Nas últimas eleições, Santana foi o candidato à Assembleia Legislativa Estadual mais votado. Já contava, na época, com o apoio do atual governador, Cid Gomes. Além da Secretaria Estadual de Cidades, Santana comandou também a Secretaria de Desenvolvimento Agrário.

A candidata a vice é a professora Izolda Cela (PROS).

PARAÍBA
O candidato Ricardo Coutinho (PSB) está matematicamente eleito governador da Paraíba, com 52,63% dos votos válidos. O adversário, Cássio Cunha Lima (PSDB) tem  47,37%. Até agora foram apurados 97,18% das urnas. Os votos brancos somam 1,86% e os nulos, 6,08%. A abstenção está em 17,96%.

O governador Ricardo Coutinho, 53 anos, começou a carreira política como vereador de João Pessoa (PB), em 1993. Foi deputado estadual entre 1999 e 2004. Foi prefeito da capital paraibana por dois mandatos, entre 2004 e 2010, quando renunciou para disputar o governo do estado. É presidente estadual do PSB.

Formado em farmácia, Coutinho atuou no movimento estudantil. A indicada a vice-governadora é  Júlia Feliciano. Compõem a coligação PT, PDT, DEM, PRTB, PRP, PV, PSL, PCdoB, PHS e PPL.

No primeiro turno, Cássio Cunha Lima obteve 47,4% e Ricardo Coutinho, 46% dos votos válidos.

DISTRITO FEDERAL
O governador eleito do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, do PSB, anunciou, há pouco, que suas primeiras medidas serão no sentido de melhorar a gestão e radicalizar na transparência sobre os atos de governo. Rollemberg disse que, para tanto, já nas primeiras semanas de sua administração, criará um conselho de transparência, composto exclusivamente por entidades da sociedade civil.

“Vamos abrir o orçamento para que a sociedade acompanhe, e iniciar procedimentos para que, em todos os locais de grande movimento, tenhamos painéis com todos os contratos do governo”, informou. Rollemberg comemorou a vitória e agradeceu o apoio da população e da família. Ele falou à imprensa depois da divulgação dos resultados da votação para governador do Distrito Federal, na casa de sua mãe, Teresa Sobral Rollemberg, na Asa Sul, em Brasília.

Rollemberg também informou que encaminhará um conjunto de propostas à Câmara Legislativa que vão contribuir para combater a burocracia e a corrupção. Ele disse que irá estudar medidas para sanar o déficit deixado pelo atual governo.

Com 100% das urnas apuradas, Rollemberg obteve 55,56% dos votos válidos. Seu adversário no segundo turno, o ex-secretário da Saúde Jofran Frejat,  do PR, ficou com 44,44% dos votos válidos. 

(Com Agência Brasil)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.