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SÃO PAULO – Após a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, analistas políticos e de mercado se debruçaram sobre o novo cenário para 2018. Depois da sentença, analistas avaliam agora quais são as chances do petista ser elegível – o que depende da confirmação ou não da decisão do juiz Sérgio Moro na segunda instância (confira mais sobre o assunto clicando aqui).
Vale destacar que Lula aparece na liderança das mais variadas pesquisas eleitorais, o que mostra a sua força para o pleito do ano que vem, apesar de haver grandes dúvidas sobre se ele seria eleito também em meio a sua forte rejeição. Neste sentido, em relatório, a LCA Consultores questiona: a condenação curitibana reduzirá a força eleitoral de Lula? “Provavelmente não”, responde ela.
Segundo a consultoria, dois acontecimentos previsíveis se concretizaram: Lula foi condenado, mas não foi preso por Moro. E os desafios analíticos em relação aos embaraços de Lula com a Justiça continuam os mesmos, apontam os consultores, fazendo mais duas questões sobre o assunto.
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Afinal, Lula será também condenado pela segunda instância? A avaliação dos advogados é de que os três juízes da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) costumam ser bastante duros com os acusados da Lava Jato. Assim, se a condenação de Lula for mantidas, ele estaria impedido de participar das próximas eleições por conta da Lei da Ficha Limpa.
“Entretanto, fica a dúvida se as provas da peça acusatórias são suficientes para a condenação”, apontam os consultores. Além disso, mesmo condenado pelo TRF-4, ainda cabem recursos junto ao próprio tribunal, na 4ª Seção, e às instâncias superioras em Brasília (STF e STJ).
Outra questão é: o julgamento de Lula no TRF4 será a tempo de ele não poder disputar a eleição presidencial? A LCA aponta que o prazo médio para a conclusão do julgamento na turma em questão é entre 11 e 14 meses. “Ou seja, a decisão pode sair em plena campanha eleitoral de 2018”, afirma a equipe de análise da LCA.
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Entretanto, aponta, o veredito pode ser anunciado ainda no primeiro semestre do próximo ano. Isto porque o caso inclui Léo Pinheiro, que é réu e está preso, por conta de outro processo. “Nesse caso, apelação dos advogados de Lula terá um status de prioridade”, ressalta. Vale lembrar que, nesta quinta-feira, o presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, Carlos Thompson Flores, afirmou que o caso de Lula será julgado antes da eleição. Assim, Se for condenado em segunda instância até 15 de agosto do ano que vem, quando se encerra o prazo para registro de candidaturas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Lula não poderá concorrer a cargo eletivo.
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