‘Concordo em tudo’ com programa do PMDB, diz presidente da Mercedes-Benz no País

Após afirmar que políticas "inadequadas" causaram uma crise "desnecessária", Phillpp Schiemer disse que "assina em baixo" de todas as medidas propostas pelo partido de Temer para a recuperação da economia

Estadão Conteúdo

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O presidente da Mercedes-Benz no Brasil e na América Latina, Phillpp Schiemer, criticou nesta quinta-feira, 28, a política econômica da presidente Dilma Rousseff e demonstrou simpatia ao programa “Uma ponte para o futuro”, do PMDB. Depois de afirmar que políticas “inadequadas” causaram uma crise “desnecessária”, disse que “assina em baixo” e “concorda em tudo” com as medidas propostas pelo partido do vice-presidente Michel Temer para a recuperação da economia.

O programa do PMDB propõe reformas no Orçamento, privatizações e uma maior abertura comercial. O documento foi feito com a ajuda de economistas e desenvolvido pela Fundação Ulysses Guimarães, ligada ao partido. Apesar de ter aprovado o documento, o executivo da Mercedes-Benz evitou dizer se prefere Dilma ou Temer no governo. “Apenas queremos que a situação da economia seja resolvida o mais rápido possível”, declarou o executivo, após cerimônia de comemoração dos 60 anos da montadora no País.

Para ele, o fato de o PIB global estar em alta e o do Brasil em queda é um sinal de que “o problema é caseiro e pode ser resolvido”. “E eu espero que seja resolvido agora”, acrescentou. Durante seu discurso no evento, chegou a declarar que o Brasil necessita de “um governo melhor, uma economia melhor e um projeto para o futuro”. Também disse que é preciso um “governo competente, reformas urgentes e sem perda de tempo”.

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A principal crítica de Schiemer ao governo teve como alvo a política monetária. “Esse aumento rápido e um pouco atrapalhado dos juros poderia ter sido gerenciado de uma forma melhor”, disse, em referência ao início do ciclo de aperto da política monetária na segunda metade do primeiro mandato de Dilma.

“Todos sabemos que nenhuma economia pode crescer com uma Selic a 14,25%”, acrescentou. “Precisamos de uma inflação sob controle para ter uma tendência de baixa dos juros e, se a situação política se resolver, vamos caminhar para isso”, afirmou.

O mercado de veículos tem sido um dos mais afetados pela crise econômica, principalmente em razão do aumento do desemprego, que fez cair a renda e a confiança do consumidor, e da maior restrição ao crédito, que reduziu a concessão de financiamento para veículos. No ano passado, as vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus caíram 26,5% em relação a 2014 e, neste primeiro trimestre, o recuo acumulado é de 28,6% em comparação com igual período de 2015.

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