Concessões colocam setor elétrico em xeque e ações despencam até 10%

Dilma Rousseff irá anunciar, na próxima semana, medidas para baratear o custo da energia; volume negociado já supera a média diária

Fernando Ladeira

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SÃO PAULO – Com a intensificação dos rumores sobre renovações de concessões, as ações do setor elétrico são fortemente penalizadas na bolsa, sendo que algumas chegaram a se desvalorizar mais de 10% apenas neste pregão. Na véspera, o setor também liderou as perdas do Ibovespa.

“O mercado está desmontando posição”, explica o analista Felipe Rocha, da Omar Camargo. Na véspera, a presidente Dilma Rousseff anunciou que irá apresentar, na próxima semana, medidas para baratear o custo da energia.

Na véspera, o analista da Geral Investimentos, Carlos Muller, chamou atenção para o fato de que Cesp, Cemig e Eletrobras possuem 66%, 40% e 36% de suas concessões de capacidade instalada com data de vencimento em 2015, respectivamente. Já a Transmissão Paulista tem 67% dos contratos de suas linhas de transmissão com fim previsto em 2015.

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Quedas ultrapassam 10%
Portanto, esses são os papéis mais pressionados no dia. Na mínima do dia, as ações da Transmissão Paulista (TRPL4) chegaram a cair 11,0%. Da mesma forma, as ações da Eletrobras (ELET3ELET6) chegaram a cair 9,0% e 7,3%, respectivamente, enquanto os da Cesp (CESP6) despencaram 9,9%, os da Cemig (CMIG5) 7,6% e, os da AES Tietê (GETI4), 6,20%.

Entretanto, durante a manhã o ritmo de queda foi amenizado. Conforme cotação das 10h52 (horário de Brasília), as ações da Cesp e da Transmissão Paulista lideram as perdas, com recuos de 6,4% e de 6,5%, respectivamente. Já os papéis prefereniciais e ordinários da Eletrobras caem 0,7% e 3,2%, enquanto os da AES Tietê declinam 3,5% e, os da Cemig, 2,5%.

O volume negociado nessa primeira hora de pregão também surpreende. Em todas elas o volume negociado já superou a média dos últimos 21 dias. No caso da Eletrobras, o volume chegar a ser três vezes maior.

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