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SÃO PAULO – Com o cerco ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se fechando, o PT e o Palácio do Planalto aguardam uma resposta do petista sobre o sítio utilizado por ele em Atibaia. Nesta semana, o juiz Sérgio Moro autorizou inquérito para investigar a relação entre o sítio e a OAS.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o Conselho do Instituto Lula, formado por 36 integrantes se reúne hoje em São Paulo. O objetivo da reunião, é decidir o planejamento para 2016, mas existe a expectativa de que Lula finalmente fale sobre o assunto.
Lula espera ainda que a presidente Dilma Rousseff o defenda de forma explícita. Porém, Dilma tem dito que está disposta a ajudar, mas alega que não poderia fazer muita coisa além de manifestar solidariedade enquanto ele próprio não apresentar uma explicação definitiva para o caso.
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Neste cenário, é esperado que Lula quebre o silêncio, conforme ressalta o blog de Gerson Camarotti, do G1. “Também é preciso dar uma resposta política. E essa resposta só Lula pode dar”, observou um assessor palaciano ao colunista.
Mas como se dará essa resposta? De acordo com o colunista do jornal O Globo Lauro Jardim, Lula tem se reunido com um grupo mais fechado de dirigentes para discutir o assunto e uma das ideias é utilizar a festa de comemoração dos 36 anos do PT, no dia 27, para esse propósito.
Na festa, haveria um desagravo dos petistas a Lula, com discursos e mais discursos louvando-o e exaltando o seu legado. A avaliação da direção do PT é de que defender o Lula é defender o partido.
Porém, as explicações, não só para o sítio de Atibaia, como também para o triplex do Guarujá, seriam dadas dias antes em vídeo gravado ou numa entrevista dada a jornalistas alinhados ao PT. Porém, nem se discutiria a propriedade dos imóveis, e sim as obras feitas por empreiteiras.
Segundo o Estadão, advogados com trânsito na cúpula petista reclamam que a defesa de Lula está sendo muito “reativa”, “amadora”, “emocional”, e que as respostas demoram, o que acaba desgastando o PT. A contratação do advogado Nilo Batista foi feita por pressão do PT, mas ele adotou uma estratégia oposta à esperada por advogados ligados a sigla, ao dar declarações “desastrosas” e que acabaram ampliando o desgaste político do petista.
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