Como democracia e corrupção se relacionam no Brasil? Cientista política responde

SÃO PAULO – A corrupção desafia a democracia. Quando o eleitor tem a percepção de que este é um mal que ataca a tudo e a todos, o problema ganha contornos ainda mais dramáticos e traz implicações até mesmo sobre o controle eleitoral. Para a cientista política Nara Pavão, esse é um quadro bastante familiar à realidade brasileira. “As eleições só têm sentido quando oferecem uma escolha. Muitas vezes, o que acontece com a corrupção no Brasil é que os eleitores acham que não têm escolha, que são todos corruptos”, observa. Em decorrência disso, a corrupção passa a não ser o primeiro critério usado pelo eleitor brasileiro no processo de escolha de seus candidatos. A especialista foi a entrevistada da edição do programa UM BRASIL transmitida nesta semana pela InfoMoneyTV.

Nara Pavão é professora visitante no Departamento de Ciência Política da Universidade Federal de Pernambuco. Entre 2015 e 2016, foi pesquisadora de pós-doutorado na Universidade de Vanderbilt, nos Estados Unidos, pelo Center for the Study of Democratic Institutions. É PhD em Política Comparada pela Universidade de Notre Dame e tem como especialidades estudos nas áreas de corrupção, opinião pública, políticas de distribuição e comportamento eleitoral, tendo como área de interesse a América Latina e especialmente o Brasil.

Confira a íntegra da entrevista concedida ao cientista político Humberto Dantas:

Nova parceria do InfoMoney, UM BRASIL é uma plataforma multimídia com mais de 100 entrevistas com grandes nomes dos meios acadêmico, intelectual e empresarial. O objetivo é exibir entrevistas semanais gravadas e ao vivo com grandes personalidades do País. Os programas acontecem às quartas-feiras, a partir das 14h (horário de Brasília).