Como as fake news impactaram na disputa entre Bolsonaro e Haddad, segundo os eleitores

Disseminação de notícias falsas ganha destaque no debate político durante a reta final da corrida presidencial

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – Um dos assuntos mais comentados nesta reta final das eleições, a disseminação de notícias falsas tem impacto percebido pelos eleitores de modo equilibrado entre os dois postulantes à presidência da República. Segundo pesquisa XP/Ipespe, realizada nos dias 23 e 24 de outubro, para 33% dos entrevistados, o deputado Jair Bolsonaro (PSL) foi o maior beneficiário desta prática, ao passo que 31% veem vantagem para o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad (PT) nessa situação. Outros 36% não responderam ou disseram que nenhum dos dois ganhou com as chamadas fake news.

1) Recentemente, houve uma série de discussões sobre as fake news. Na sua opinião, qual candidato foi mais beneficiado pelas notícias falsas?


Fonte: XP/Ipespe (BR-08283/2018)

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A pesquisa também perguntou aos eleitores qual dos candidatos teria sido o maior afetado pela disseminação de notícias falsas. 40% dos entrevistados responderam que foi Bolsonaro, enquanto 31% apontaram para Haddad. 29% disseram que nenhum dos dois, não responderam ou não souberam responder.

2) Recentemente, houve uma série de discussões sobre as fake news. Na sua opinião, qual candidato foi o mais atingido pelas notícias falsas?


Fonte: XP/Ipespe (BR-08283/2018)

Na semana passada, uma reportagem publicada pelo jornal Folha de S.Paulo agitou o debate sobre fake news durante o processo eleitoral brasileiro. Dizia a matéria que empresários estariam comprando pacotes de disparos em massa de mensagens contra o PT no WhatsApp. Cada contrato chegava a R$ 12 milhões. Embora a iniciativa pudesse beneficiar Bolsonaro, não foram apontados vínculos com a campanha do candidato, a não ser um possível uso de sua base de usuários (o que não foi provado até o momento). O corregedor do TSE, ministro Jorge Mussi, decidiu, na última sexta-feira (19), atender parcialmente a pedido do PT contra Bolsonaro e abrir ação para investigar o caso.

Na quarta-feira, também ganhou destaque declaração de Haddad , baseada em fala do cantor Geraldo Azevedo posteriormente desmentida, acusando o general Hamilton Mourão, vice na chapa de Bolsonaro, de ter sido um torturador durante a ditadura militar (1964-1985). Em entrevista aos jornais O Globo e Valor Econômico e à revista Época, o petista afirmou: “Eu fiz minha parte para defender o que considero um projeto democrático de país, contra aquilo que considero que será um grande atraso, um retrocesso retumbante no país, que é a vitória de um rebotalho da ditadura, que é o que sobrou dos porões. O Mourão foi ele próprio torturador”.

Metodologia

O levantamento XP/Ipespe, foi feito por telefone entre os dias 23 e 24 de outubro, ouviu 2.000 entrevistados de todas as regiões do país. O intervalo de confiança é de 95,45%, o que significa que, se o questionário fosse aplicado mais de uma vez no mesmo período e sob mesmas condições, esta seria a chance de o resultado se repetir dentro da margem de erro máxima, estabelecida em 2,2 pontos percentuais. A pesquisa está registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o código BR-08283/2018.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.