Com que olhos o mercado deve avaliar o Employment Report na próxima sessão?

Relatório pode confirmar ou questionar percepção que dados recentes mostram um cenário mais favorável do que o estimado

Juliana Pall Farias

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SÃO PAULO – Outrora, o Employment Report trazia apreensão em um ambiente já instável devido aos problemas no mercado global de crédito. Agora, por mais que as incertezas sobre a evolução da economia norte-americana ainda tragam alguma cautela ao ambiente de negócios, o cenário é outro.

Primeiro porque, mesmo que o mercado de trabalho norte-americano venha mostrando uma gradual desaceleração nos últimos meses, não sinaliza aos investidores maiores riscos para o lado real da economia do país.

Segundo, porque recentes dados como o Relatório de Emprego de setembro (com a revisão dos negativos dados de agosto) e o PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro trimestre mostram um cenário amplamente mais favorável do que o anteriormente estimado.

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Por fim, tem o Federal Reserve disposto a combater as ameaças ao desenvolver da maior economia do mundo, equivalendo-as às ameaças inflacionárias.

De olho nas informações que o Employment Report trará

Diante deste novo cenário, o Employment Report, que será divulgado na próxima sexta-feira (2), trará novas informações que auxiliarão os investidores a traçar um panorama da economia norte-americana, confirmando ou questionando o que os números recentes mostraram.

Dentro deste contexto, os dados do mercado de trabalho dos EUA relativos a outubro também servirão de referência para o ajuste de perspectivas quanto aos próximos passos da política monetária do país.

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As projeções sinalizam que o Nonfarm Payrolls mostrará a criação de 80 mil novos postos de trabalho no último mês, abaixo dos 100 mil reportados em setembro. Espera-se também que a taxa de desemprego – Unemployment Rate – permaneça no patamar de 4,7%.

Cabe destacar que, tido como uma prévia do Employment Report, o ADP Employment Report divulgado na última quinta-feira (31) apontou a geração de 110 mil novos empregos no setor privado em outubro, bem acima do mensurado um mês antes (revisado para 61 mil).

Não é precipitado ignorar a desaceleração do mercado de trabalho?

Retomando a discussão de até que ponto a desaceleração do mercado de trabalho norte-americano não assusta os mercados, o banco de investimentos Societe Generale traça um comparativo de como este segmento da economia se apresentava durante as crises nos mercados financeiros de 1998 e 2000-2001.

A percepção do banco é que o menor nível de criação de empregos não sinaliza que o país esteja na mesma situação, frágil do ponto de vista econômico, apresentada em 2001.

Em 1998 o cenário também era diferente, com a turbulência nos mercados financeiros acompanhada da disparada dos pedidos de auxílio desemprego, sendo que os dados atuais não são tão significativos quanto os apurados nesta época, nem ao menos do reportado em 2000-2001.

Cabe ainda lembrar que a repercussão do Relatório de Emprego de outubro nos mercados brasileiros será postergada para a semana que vem, já que, na próxima sessão, os mercados estarão fechados devido a feriado nacional (Dia de Finados).

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