Com nova pesquisa Ibope, eleições voltam a agitar a Bolsa na próxima semana

Além da pesquisa, mercado fica atento à divulgação da prévia de inflação no Brasil, da ata do Fomc nos EUA e dados da indústria na China

Rodrigo Tolotti

Publicidade

SÃO PAULO – Após uma semana sem pesquisas eleitorais, a temporada de resultados acabou definindo os rumos do mercado doméstico, com o Ibovespa fechando o período em alta de 1,65%, aos 53.975 pontos. Porém, com o fim das divulgações de balanços trimestrais e a expectativa de uma nova pesquisas Ibope, os investidores devem novamente voltar a olhar para o ambiente eleitoral, deixando a agenda de indicadores um pouco de lado.

Segundo o economista Alex Agostini, da Austin Rating, após o forte rali dos últimos dois meses, o mercado entrou em “stand by”, ou seja, a não ser que grandes novidades apareçam nas pesquisas, a tendência é que os investidores evitem se posicionar e que o mercado não registre grandes variações. Porém, é preciso lembrar que as ações ainda têm espaço para novas altas, principalmente com a manutenção do cenário das pesquisas, mesmo que essas valorizações não sejam tão expressivas quanto as de março e abril.

Analistas vêm destacando que o mercado não tem seguido nenhum tipo de fundamento desde março, quando as pesquisas eleitorais começaram a ser divulgadas. De acordo com o analista Raphael Cordeiro, da Inva Capital, “estamos em um cenário para investir em momento (momentum investing) e não em valor. O cenário econômico continua bastante complicado, e sem sinal de melhoras”.

Oferta Exclusiva para Novos Clientes

Jaqueta XP NFL

Garanta em 3 passos a sua jaqueta e vista a emoção do futebol americano

Segundo a coluna Radar on-line, de Lauro Jardim na Veja, os entrevistadores começam as entrevistas para uma nova pesquisa Ibope neste sábado. O resultado, segundo ele, deve ser apresentado na próxima quinta-feira (22) no G1, Globonews e no site de O Estado de S.Paulo, simultaneamente.

Vale lembrar que esta será a primeira pesquisa após a divulgação dos comerciais e do programa do PT exibido na televisão, ou seja, os efeitos positivos ou negativos destas apresentações já devem ter impacto na pesquisa.

Inflação, Fomc e China no radar
Mesmo com foco nas eleições, três indicadores devem ter um impacto mais forte na Bolsa na próxima semana, todos sendo apresentados na quarta-feira (21). O primeiro será o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15), que serve como uma prévia da inflação, já que utiliza a mesma composição do índice oficial, o IPCA, mas com a coleta ocorrendo entre os dias 15 de cada mês.

Continua depois da publicidade

Ainda no cenário doméstico, vale lembrar que na segunda-feira ocorre o vencimento de opções sobre ações, evento que sempre traz volatilidade para as ações mais movimentadas da bolsa, principalmente as blu chips.

Durante a tarde, será a vez da divulgação da ata da última reunião do Fomc (Federal Open Market Committee), ocorrida entre os dias 29 e 30 de abril. Apesar do encontro não trazer nenhuma novidade – apenas mais uma redução de US$ 10 bilhões no programa de estímulos – a ata pode trazer novidades sobre os planos do Federal Reserve de alta dos juros e de quando o programa de incentivo à economia pode terminar.

Por fim, na noite do dia 21 a China irá divulgar a preliminar do PMI da indústria, indicador bastante acompanhado para projeções do ritmo de crescimento da economia do país. Ações de companhias voltadas para commodities, principalmente as siderúrgicas e a Vale (VALE3; VALE5), acabam tendo um impacto maior dependendo do resultado, já que a China é o maior mercado mundial de minério.

Newsletter

Infomorning

Receba no seu e-mail logo pela manhã as notícias que vão mexer com os mercados, com os seus investimentos e o seu bolso durante o dia

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.