Com Copa do Mundo encerrada, tensão eleitoral (e do mercado) deve se intensificar, aponta Rio Bravo

Campanha eleitoral é curta e sumamente imprevisível em seu desfecho, avaliam gestores em carta de estratégia

Lara Rizério

(Agência Brasil)

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SÃO PAULO – A Copa do Mundo acabou, fazendo com que muitos se sintam ‘órfãos’ das emoções proporcionadas por cada jogo entre grandes seleções. Contudo, no mundo da política, a partida apenas começou. Desta forma, o fim do torneio deve representar também a intensificação muito rápida da tensão eleitoral, conforme destaca a gestora Rio Bravo Investimentos em Carta de Estratégia para comentar o mês de junho.

Os gestores destacam no relatório que esta é uma campanha eleitoral curta e sumamente imprevisível em seu desfecho. O establishment político não trabalha com a hipótese da tão esperada renovação política alterar substancialmente a dinâmica do Congresso e, portanto, da lógica do presidencialismo de coalizão. 

“Mas ninguém tem certeza. Haverá novos rostos no parlamento, mas talvez menos do que o país gostaria”, apontam. 

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Por enquanto, não há muitas novidades no cenário eleitoral, avalia a Rio Bravo. Isso porque as pesquisas continuam a mostrar Lula ou Jair Bolsonaro na liderança, porém com Marina Silva na segunda colocação (13%) bem acima de Ciro
Gomes e Geraldo Alckmin, empatados tecnicamente na casa de 8% a 6%,
respectivamente.

“As convenções partidárias no começo de agosto vão dar contornos mais estritos aos pleitos de outubro tanto pela depuração de candidatos à presidência
quanto pela definição das disputas regionais e alianças partidárias”, avalia a consultoria. Por enquanto, o tucano Geraldo Alckmin e o pedetista Ciro Gomes disputam os chamados partidos do “centrão”, enquanto Ciro e PT buscam o apoio do PSB (e Alckmin quer a neutralidade da legenda). Correndo por fora, Bolsonaro fica de olho no apoio do PR. 

Enquanto isso, na economia real, vai se diluindo o impacto da greve dos caminhoneiros, que tanto assustou os responsáveis por projeções de atividade e
inflação. O Ministério da Fazenda estima um impacto direto em 0,2 ponto percentual do PIB, mas não fala de efeitos indiretos. As estimativas da gestora são de um impacto negativo de 0,5 ponto, enquanto os mais pessimistas falam de uma perda de até 1 ponto. Desta forma, enquanto a economia sente o baque, o cenário eleitoral – que deve definir o rumo da bolsa nos próximos meses – segue nebuloso. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.