Com Aécio “apático”, debate segue pesquisas e Dilma e Marina viram protagonistas

Após crescimento em levantamentos de intenção de voto, a candidata do PSB foi o principal alvo dos seus dois principais concorrentes durante o programa; petista "esqueceu" candidato tucano e criticou Marina com contundência.

Rodrigo Tolotti

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17h45: Dilma Rousseff será a primeira a perguntar.

17h46: Pergunta de Dilma Rousseff à candidata Marina Silva: A senhora disse que vai antecipar R$ 140 bilhões em investimentos em diversos setores. Da onde irá arranjar o dinheiro para cobri-las?

17h47: Resposta de Marina Silva: Não são promessas, são compromissos. Eles serão assumidos a partir dos esforços que iremos fazer para que o nossa país volte a ter eficiência no gasto público em projetos que estão desencontrados. O nosso orçamento irá ter um acréscimo pela eficiência que temos em relação aos tributos. A sociedade paga muito alto para que as escolhas sejam feitas sempre nas direções erradas.

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17h49: Réplica de Dilma: Você falou falou e não disse da onde vem o dinheiro. O montante equivale a quase tudo que gastamos em saúde e educação.

17h50: Tréplica de Marina Silva:O dinheiro do Pré sal já está assegurado e nós faremos um bom uso dos recursos dele. Ele deve ser explorado e combinado com outras fontes de geração de energia. O pensamento da ideia cartesiana de governo só olha para uma alternativa. Precisamos olhar para várias alternativas.

17h52: Eduardo Jorge, do PV, questionou Dilma sobre a situação das penitenciárias do Brasil, as quais comparou com campos de concentração nazista. Ele perguntou o que a gestão petista fez para mudar isso e porque a situação continua caótica mesmo após 12 da legenda no poder.

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17h54: Em resposta, a presidente concordou que a situação das penitenciárias no Brasil é uma barbárie. “O Governo Federal colocou à disposição dos governos estaduais R$ 1 bilhão para que se financie modificações, novas penitenciárias. Os governos estaduais têm encontrado dificuldades em instalar essas penitenciárias, uma vez que os municípios muitas vezes não querem ter uma penitenciária no seu território”.

De acordo com Dilma, seu governo investiu R$ 17,6 milhões em Segurança Pública e isso é o dobro do que foi gasto em governos anteriores, como os quatro anos do governo tucano.

“Estou propondo mudar a constituição para que o Governo Federal possa junto com os governos estaduais atuar na garantia da Segurança Pública. Uma Segurança Pública fragmentada só interessa ao crime organizado que atua coordenadamente em todo o território nacional”, acrescentou a petista.

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18h08: Pergunta de Marina Silva para o Pastor Everaldo: Metade dos municípios brasileiros não têm serviços de saneamento básico, coisa que traz efeitos inclusive para a taxa de aprendizagem entre os jovens. Como fazer para melhorar o tratamento de esgoto?

18h09: Resposta de Pastor Everaldo: Sabemos que o pacto federativo está destruído. Nós vamos lutar para que os recursos cheguem as prefeituras. Essa situação de falta de saneamento é fato, mas nós vamos preservar a família.

18h10: Réplica de Marina Silva: O tratamento do esgoto melhora a vida das pessoas, melhora o meio ambiente, a saúde e a educação. Por isso, o tratamento de esgoto é uma prioridade do nosso programa e pretendemos fazer ações para lidar com esse problema, fechando convênios com a iniciativa privada.

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18h11: Tréplica de Pastor Everaldo: A família tem sido atacada, o saneamento básico é assunto do município, nós vamos destinar mais recursos ao município. Nós vamos fazer um novo pacto federativo para que os municípios atendam a demanda do cidadão, não o governo federal. Nós vamos fazer um novo pacto, aumentando os repasses.

18h12: Pastor Everaldo (PSC) questionou Levy Fidelix, do PRTB, sobre os projetos do candidatos sobre segurança pública.

De acordo com o peerretebista, os problemas de segurança pública são alguns dos mais graves enfrentados pela sociedade brasileira. Além de falar sobre os baixos salários da classe policial, Levy afirmou que é preciso combater o narcotráfico e que sejam feitos investimentos em novas penitenciárias.

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O candidato do PSC disse que é preciso combater a delinquência nas ruas. “Hoje, os cidadãos estão presos dentro de casa e os bandidos estão na rua”, completando que é preciso que os bandidos sejam punidos da maneira adequado.

Levy falou sobre a redução da maioridade penal e a possível privatização das penitenciárias.

18h15: Carlos Nascimento: “nosso debate neste momento é o assunto mais comentado nas redes sociais”.

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18h16: fim do primeiro bloco.

18h23: O jornalista Fernando Rodrigues, do UOL, perguntou à candidata Marina Silva com comentários da presidente Dilma Rousseff: Você recebeu mais de R$ 1 milhão de palestras, mas não revela quais são as fontes. Você acredita que essa clausula de confidencialidade condiz com a nova política que prega? Não seria melhor termos mais transparência para conhecermos as empresas que pagaram? 

18h24: Resposta de Marina Silva: É preciso fazer uma separação da minha vida privada com a minha vida pública. Eu, particularmente, não tenho nenhum problema de que sejam reveladas as empresas que me contrataram… Isso é uma exigência delas. A vida toda eu trabalhei como palestrante, e quando fui parlamentar, nunca cobrei por qualquer palestra. Eu já dei mais de 200 palestras gratuitas. Se as empresas quiserem revelar quem me contratou, por mim, não tem problema.

18h25: Comentário de Dilma Rousseff: A questão da governabilidade implica em transparência e isso não está sendo feito. Acho que é uma exigência nova na política brasileira e muito importante. Nunca deixei de fazer algo que não fosse a favor do Brasil.

18h26: Tréplica de Marina Silva: A Receita Federal é testemunha que pago todos os meus impostos. Vamos fazer um comparativo entre as palestras que eu dei e as outras lideranças. Eu busco a transparência e também para os 500 milhões destinados ao BNDES que não estavam no orçamento público.

18h27: Fernando Canzian, repórter da Folha de São Paulo,  falou sobre a desaceleração da economia brasileira e o desejo de mudança do eleitorado. Citando a virtual derrota de Dilma para Marina no segundo turno, o jornalista questionou a presidente sobre a incapacidade do eleitor de reconhecer as qualidades da petista e as vantagens de suas propostas.

A petista, por sua vez, afirmou que a atual queda da economia é momentânea. “A seca e o prolongamento da crise internacional tem um impacto sobre a crise doméstica. Nós não estamos em recessão”, explicou Dilma, reforçando que a economia internacional ainda não se recuperou completamente. “A nossa diferença é que enfrentamos a crise sem desempregar”, completou.  

18h29:  Em seu comentário, Marina disse que Dilma não consegue fazer algo essencial para quem quer se reeleger. Segundo a peessebista , Dilma não consegue reconhecer os próprios erros. Ela se elegeu dizendo que controlaria a inflação, manteria os níveis de crescimento e os juros sob controle. “Temos inflação, juros elevados e baixo crescimento”.

Quando as coisas vão bem, 100% os louros vão para o seu governo. Quando as coisas vão mal, a culpa é da crise internacional”, criticou Marina.

18h30: Em sua réplica, a presidente destacou que a inflação está próxima do “zero” e que a bolsa cresce sem parar há mais de sete meses.   

18h32: Kennedy Alencar questionou Aécio Neves sobre a tolerância de Aécio com a corrupção.

18h33: O ex-governador de Minas Gerais negou que o PSDB seja tolerante com o tema e citou que no caso do PT houve uma condenação contundente. “A marca do PSDB é a marca da austeridade. Queremos um novo ciclo de governança, que valoriza a meritocracia e transparência. Todas as denúncias serão investigadas, todos os homens públicos prestarão todos os esclarecimentos. Caberá à justiça condenar ou não as pessoas”, disse o tucano. “As denúncias sucessivas contra o governo serão superadas a partir de janeiro”, completou.

18h35: Dilma disse que, em seu governo, a Polícia Federal , realizou 172 operações contra a corrupção e a lavagem de dinheiro. “Não fizemos a prática errada de escolher pessoas  não investigam, como o cado do procurador que ficou conhecido como engavetador-geral da República”, rebateu a petista.

18h36: Por outro lado, Aécio destacou que Dilma elencou um grande número de iniciativas de combate à corrupção, mas reforçou que nenhum deles funcionou. “Todas as denúncias foram apresentadas pela imprensa ou pela Polícia Federal. O governo da Dilma, ao invés de permitir que as CPIS caminhem de forma adequada, ela tenta manipular as informações”, concluiu.

18h52: Kennedy Alencar perguntou sobre a dificuldade de Levy Fidelix em se eleger e sobre o fato de a sua sigla viver do fundo partidário e de negociações partidárias para fazer ataques terceirizados.

18h53: Irritado, ele respondeu que é injustiçado pela mídia, assim como outros candidatos nanicos.

18h54: Gracioso, Eduardo Jorge afirmou que este problema não era seu.

18h55: Ponto fora da curva. É típica perseguição aos partidos ideológicos e pequenos. Sempre discuto campanha em todos os níveis, especialmente majoritárias. Estamos com chapas em 8 Estados. Você é representante dessa mídia vendida, que ataca a gente, vocês que atacam a gente. Isso é calúnia.

18h55: Dilma questiona Marina Silva sobre o fato da candidata reduzir a importância do pré-sal e cita que o programa da candidata do PSB só tem uma linha sobre o assunto. “Por que o desprezo sobre algo tão importante?”, questionou Dilma.

18h58: Marina Silva responde: O que estamos afirmando é que além do pré-sal, que é um recurso necessário e precisamos explorar com cuidado para melhorar a qualidade de vida do brasileiro. Estamos reafirmando a necessidade de exploração, no entanto não podemos ficar apenas onde a bola está e sim onde ela vai estar. O mundo está procurando novas tecnologias de energia. O Brasil tem um grande campo, e seu governo negligenciou isto. Precisamos explorar sim. A Petrobras perdeu seu valor, e foi usada politicamente pelo governo que e não ajudou a melhorar a empresa.

19h00: Dilma responde que “o pré-sal deve ser explorado para que possamos ter uma educação e saúde de boa qualidade e só o pré-sal pode ajudar nisso”. O Brasil explorou a energia eólica sim. O petróleo não pode ser demonizado.

19h00: Luciana Genro questiona Marina Silva se ela é a segunda via do PSDB, por causa da equipe econômica escolhida pela presidenciável peessebista.

19h01: Marina afirmou que sabe reconhecer o que deu certo em gestões anteriores. “Queremos recuperar o tripé básico da economia. Vamos manter as conquistas econômicas do FHC e os avanços sociais da gestão de Lula”, disse, acrescentando que quer parar de fulanizar as conquistas, prática comum de Dilma.

19h02: Nervosa, a candidata do PSOL explicou que “Não dá Marina, é preciso escolher um lado. Você não pode ceder aos setores mais reacionários em todos os momentos que sofrer pressão”, disse Luciana, questionando Marina sobre as mudanças em seu programa de governo menos de 24 horas após o lançamento do mesmo.

19h03: Marina respondeu: “O que eu falo, eu falo pelas minhas convicções. Eu tenho as convicções de que é preciso manter as conquistas e corrigir os erros das gestões. Sobre as mudanças no meu programa, elas foram estabelecidas em função de um erro, que não foi verificado quando revisamos os trechos”.

19h04: Marina para Dilma: Quando foi eleita em 2010, havia um compromisso de que o Brasil iria continuar crescendo, juros baixos e inflação controlada. O que deu errado no seu governo?

19h05: Dilma: O que deu certo no meu governo é que tiramos milhões de pessoas da pobreza. Não se resolve os problemas com boas palavras, sem apoio partidário. Eu apostei na governabilidade, nunca negociei contra os interesses do Brasil, ganhei algumas e perdi outras. Sem apoio no Congresso não há como ganhar todas. Quem escolhe os bons não somos nós, e sim os brasileiros.

19h07: Marina: Já disse mais de uma vez, a presidente tem dificuldade de assumir seus erros. Começa a passar desconfiança.

19h08: Dilma: Não basta fazer uma lista de coisas sem prestar contas. Eu acredito que falta muita coisa para fazer no Brasil, eu digo porque eu tentei.

19h09: Levy indagou o tucano sobre mobilidade urbana.

19h09: Em sua resposta, o peessedebista disse que o governo, ao longo de dez anos, demonizou as relações com a iniciativa privada. “Nós temos que fazer um planejamento da mobilidade urbana, pensando em sustentabilidade”, afirmou Aécio, citando o monotrilho.

19h10: Levy destacou que algumas ideias como a desoneração da cesta básica e o monotrilho em São Paulo foram ideias dele. “Eu acho que temos que continuar a avançar neste campo”, explicou

19h11: “O governo do PT perdeu muito tempo em relação a isso. Deixou de fazer investimentos necessário nestes últimos 12 anos”, acrescentou o tucano.

19h12: Aécio questiona Dilma sobre segurança pública. As famílias estão assustadas, você investiu muito pouco com isso. A senhora considera segurança e transporte também um problema da união?

19h13: Dilma: você tem memória fraca candidato. Sua memória é tão fraca que na questão de transporte, temos acordo com Minas Gerais para todas as obras, incluindo o metrô. Acho que você está mal informado. O monotrilho de São Paulo só foi viabilizado por causa do governo.

19h14: Aécio: candidata, quem ouve isso aqui vai achar que está no debate de 4 anos atrás. Ganha quem andar um palmo em um metrô feito pelo PT. O governo da Dilma fracassou na mobilidade, assim como em todas as outras areas.

19h16: Dilma: R$ 143 bilhões foram colocados a disposição. Sabe para que? para que as pessoas tenham tempo, transporte seguro e barato. Tempo para passar com a família. O governo investiu e deixou a disposição muito. Talvez você não saiba.

19h16: Eduardo Jorge explicou que ficou intrigado quando soube que o tucano defendia baixar a taxa de juros básicos para os mesmos níveis que o PV defende.

19h17: O tucano concordou com o disgnóstico feito pelo candidato do PV e destacou que pretende atingir essas metas. “Quero que os juros praticados pelo BNDES possam ser praticados por toda a economia. Existe uma proposta oficial, uma proposta de governo que esta aí, fracassou e mais de 70% da população quer mudança, nosso papel é mostrar qual é a mudança. A nossa mudança é consistente, verdadeira, que tem começo, meio e fim. Acreditamos na responsabilidade fiscal, na transparência como instrumento fundamental para garantir essa responsabilidade”, opinou Aécio, acrescentando que não estava se convertendo a teses que combatia no passado. “Eu quero me comprometer com as teses que permitam investir no país”, completou.

19h18: Eduardo disse que não teve sua pergunta respondida e questionou: “Vai baixar os juros de 11% para 5% ou 6%? E vai redistribuir esse dinheiro que está na mão dos bancos e melhorar a vida dos trabalhadores?”.

O candidato do PV explicou que é preciso redistribuir esse dinheiro que está parado nas mãos dos 10 maiores bancos do Brasil. Enquanto eles estiverem sendo financiados pela “Bolsa Selic”, isso não vai mudar.

Considerações finais

19h29: Eduardo Jorge: Esse 1 minuto é muito pouco para debater todos esses temas tão difíceis como falamos hoje. Por isso faço o convite: quando aparecer aquele 1 minutozinho do Partido Verde no debate, eu vou estar ao vivo logo depois na internet para debater, responder críticas e conversar com você eleitor.

19h30: Marina Silva: Quem vai ganhar essas eleições não são as velhas estrututras. Vai vencer quem está aberta às discussões. É importante que o brasileiro resista às pressões de desistir e recuar pelo medo. Não sou otimista, nem pessimista: sou persistente.

19h31: Levy Fidelix: os movimentos de junho mostraram as insatisfações. Podemos resgatar e trazer o que o povo quer: saúde e uma juventude que quer oportunidades, médicos que querem mais recursos. Eu quero ser a consciência cívica do povo. Mesmo que eu não ganhe, estou satisfeito de estar aqui, entre tantos milhões de brasileiros, estou entre os 11. Para o Brasil, hoje é mudar ou mudar.

19h32: Dilma Rousseff: agradeço aos organizadores. Não estou plenamente satisfeita. Fui eleita para dar continuidade aos avanços da presidência de Lula. Para sermos um país com cada vez mais oportunidades, para melhorarmos e gerarmos melhores empregos. Eu acredito no Brasil e nos brasileiros. Peço seu voto para continuar avançando.

19h33: Aécio Neves: ficou claro que temos dois campos políticos. O que fracassou e o que irá entregar um país melhor do que pegou. Duas inconsistências. Acredito na Marina, mas ela não é capaz de superar as contradições de suas propostas e defende algumas coisas que antes abominava, porque a mudança está por vir.

19h34: Luciana Genro: Eu peço seu voto e me dê uma oportunidade para uma esquerda coerente. Temos compromissos com as causas mais importantes do povo e da juventude e da comunidade LGBT. Jogar o voto fora é votar em quem pode ganhar e não cumprirá o que promete. Direitos humanos não se negociam, direitos sociais não se entregam.

19h35: Pastor Everaldo: Reafirmo com clareza e honestidade para você que eu defendo a vida do ser humano desde a sua concepção: sou contra o aborto sem necessidade de plebiscito, sou contra a legalização das drogas, sou a favor da família como está na Constituição Brasileira, casamento é homem e mulher, sou a favor do livre mercado e da livre concorrência, sou a favor da redução da maioridade penal, sou a favor da liberdade e da meritocracia, sou a favor da liberdade de imprensa e sem marco regulatório.


Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.