Cobrança de propina pelo PT é descrita por mais executivos de empreiteiras, diz Folha

O jornal aponta que, de acordo com relato de executivos de duas construtoras, o esquema envolvia o pagamento de 1% de propina para o PT a cada desembolso dos empréstimos feito pelo BNDES

Lara Rizério

Sede do BNDES, no Centro do Rio de Janeiro

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SÃO PAULO – De acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo do último fim de semana, o pagamento de propina para liberação de empréstimo do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para bancar projetos no exterior, como revelado pela Andrade Gutierrez na construção de uma siderúrgica na Venezuela, foi cobrado de outras empreiteiras que tinham obras financiadas pelo banco de fomento fora do País. O jornal aponta que, de acordo com relato de executivos de duas construtoras, o esquema envolvia o pagamento de 1% de propina para o PT a cada desembolso dos empréstimos feito pelo BNDES, o que envolveu outras construtoras além da Andrade Gutierrez.

Os investigadores da Lava Jato estão analisando se o “pedágio” era cobrado de todas as empreiteiras em todos os financiamentos bancados pelo BNDES no exterior. Além da AG, houve financiamento no exterior para Odebrecht, OAS e Queiroz Galvão, entre outras. De acordo com os executivos ouvidos na Lava Jato, não havia esquema de corrupção dentro do BNDES para avaliar e aprovar financiamentos; porém, assim que saía a primeira liberação de recurso do BNDES, a empresa era procurada pelo então tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.

O ex-presidente da construtora afirmou que a Andrade pediu ajuda ao ex-presidente Lula para ganhar na Venezuela um contrato para construir uma siderúrgica; Lula afirmou que ajudaria a empreiteira a ganhar a disputa. Em nota, o PT disse que “nega veementemente a acusação. Todas as doações recebidas pelo PT ocorreram estritamente dentro da legalidade e foram posteriormente declaradas a Justiça”. O BNDES afirmou não haver irregularidades. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.