Coalizão de governo no Japão vence eleição no senado e reforça domínio político

Com vitória, Shinzo Abe consolida seu domínio no congresso e prepara terreno para primeiro governo estável no país desde 2006

Reuters

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TÓQUIO – A coalizão do primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, conquistou importante vitória na eleição para o senado neste domingo, consolidando o seu domínio no congresso e preparando o terreno para o primeiro governo estável do Japão desde a saída do carismático Junichiro Koizumi em 2006.

A vitória eleitoral referenda o plano do premiê para reviver a economia, mas ao mesmo tempo levanta a preocupação sobre a possibilidade de ele agora querer enfatizar a sua pauta nacionalista. Questiona-se também se ele conseguirá manter a disciplina no seu partido e aprovar reformas.

A vitória é uma redenção política para Abe, que em 2007 sofreu humilhante derrota numa eleição do senado, durante o seu primeiro período como primeiro-ministro.

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A divisão no parlamento permitiu que a oposição bloqueasse legislações, resultou na renúncia de Abe e impediu o avanço de medidas durante a maior parte do tempo desde então.

“As pessoas querem políticos que possam tomar decisões e administrar de forma estável. Isso está por trás do resultado de hoje”, disse a uma TV local Masahiko Komura, vice-presidente do partido liberal, de Abe.

Abe, que retornou ao poder depois da vitória da sua coalizão nas eleições para câmara em dezembro, tem dito que vai manter o foco do governo em consertar a economia, com uma mistura de política monetária frouxa, gastos e reformas estruturais. Os seus partidários reforçaram essa promessa neste domingo.

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No entanto, há preocupações de que a vitória deste domingo possa enfraquecer essa determinação de Abe. Legisladores da coalizão têm ligação com indústrias que sofreriam com as mudanças.

“Até agora os adversários de Abe estão nos partidos de oposição. Mas a partir de agora ele talvez tenha que lutar com gente do seu próprio partido”, afirmou Tomoaki Iwai, cientista político de Tóquio.

Os críticos também se preocupavam com a possibilidade de Abe priorizar agora a sua pauta conservadora e se concentrar numa reforma da Constituição pacifista pós-guerra, além de tentar apresentar a participação japonesa na guerra de forma mais assertiva.

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