CNT/Sensus: avaliação positiva do governo é a pior desde outubro de 2007

Problemas políticos fazem primeiro semestre de Dilma Rousseff derrubar aprovação pública, segundo a pesquisa

Renato Rostás

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SÃO PAULO – Os sete primeiros meses de Dilma Rousseff na Presidência têm a pior avaliação positiva do público desde outubro de 2007, no início do segundo mandato de Lula. Na época, o ex-presidente tinha aprovação de 46,5% dos entrevistados, nível que em agosto deste ano chegou a 49,2%. A informação é da pesquisa CNT/Sensus, realizada com 2 mil pessoas em 136 municípios diferentes.

A comparação entre os dois presidentes é inevitável. Quando perguntados se o governo de Dilma era pior ou melhor do que o de seu antecessor, 45,4% das pessoas diziam que Lula foi melhor. Apenas 11,5% consideraram que a atual presidente está mais bem cotada.

Crise no Ministério dos Transportes
Entre os fatores que podem ter contribuído para a queda na avaliação positiva, que tinha projeções de 83,4% em dezembro do ano passado, estão as sucessivas demissões ministeriais realizadas desde janeiro. Uma delas foi causada por uma crise de corrupção no Ministério dos Transportes, que derrubou Alfredo Nascimento e trouxe Paulo Passos ao cargo.

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Sobre o caso, a pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) mostra que apesar de 52,1% aprovarem as medidas tomadas por Dilma, outros 41,4% acreditam que o ocorrido afetou negativamente a imagem da presidente. O desempenho da petista, porém, ainda é aprovado por 70,2% dos entrevistados.

Piores setores
Os temas que mais afligem o brasileiro, segundo o relatório, são a saúde e a segurança pública. A primeira piorou nos últimos seis meses, na opinião de 47,1% das pessoas abordadas – contra 37% na pesquisa anterior –, enquanto a segunda está em patamar menos favorável para 45,2% – frente a 34,1% em dezembro.

Segurança, aliás, é o tópico em um dos piores níveis. No fim do ano passado, 60,4% tinham expectativas positivas, índice que desabou para 48,9% na pesquisa de agosto. Agora, 19,3%, inclusive, acreditam que a situação vai ser pior nos próximos meses.

O emprego também preocupa, já que apenas 47,5% viram melhora no setor nos últimos seis meses, contra 63,7% em dezembro. Mas 61,4% ainda acreditam que a projeção é boa, e que o nível será melhor.

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