CNJ afasta juiz citado por PF por envolvimento em campanha contra urnas

Relatório afirma que Sandro Nunes Vieira, da 1ª Vara Federal de Paranaguá (PR) "atuou de forma ilegal e clandestina, ao assessorar o PL na representação eleitoral contra as urnas eletrônicas"

Estadão Conteúdo

O juiz Sandro Nunes Vieira, da 1ª Vara Federal de Paranaguá, no Paraná (Reprodução/TSE)
O juiz Sandro Nunes Vieira, da 1ª Vara Federal de Paranaguá, no Paraná (Reprodução/TSE)

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O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão que fiscaliza o Poder Judiciário, afastou o juiz Sandro Nunes Vieira, da 1.ª Vara Federal de Paranaguá, no Paraná, por suspeita de envolvimento na campanha do Partido Liberal para desacreditar as urnas eletrônicas.

Até a publicação deste texto, o Estadão buscou contato com o magistrado, mas sem sucesso. O espaço está aberto para manifestação.

O juiz Sandro Vieira foi citado no relatório final do inquérito do golpe, elaborado pela Polícia Federal, que levou ao indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de 36 aliados.

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O afastamento foi determinado pelo ministro Mauro Campbell, corregedor nacional de Justiça, em uma decisão sigilosa. O ministro despachou após ter sido notificado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a conduta do magistrado.

O relatório da Polícia Federal afirma que o juiz “atuou de forma ilegal e clandestina, ao assessorar o Partido Liberal na representação eleitoral contra as urnas eletrônicas”.

O PL foi multado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em R$ 22,9 milhões por questionar a segurança das urnas e pedir a anulação de parte dos votos após o segundo turno. Os ministros concluíram que houve “má-fé” do partido de Bolsonaro.

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O Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4) também abriu um processo administrativo para verificar a conduta do juiz. Procurada, a Corte informou que vai cumprir todas as determinações do CNJ.