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SÃO PAULO – Apesar da Standard & Poor’s ter colocado o rating dos EUA em perspectiva negativa, o Citigroup avalia que a medida “parece ter reduzido ao invés de aumentar a possibilidade de uma crise fiscal severa no país”. Para o analista Steven Wieting, o assunto agora deve ser tratado com a seriedade que merece.
O analista argumenta que apesar do alto déficit fiscal dos últimos anos, as despesas federais com juros correspondem a apenas 9% das receitas, o que equivale a apenas a metade do observado há duas décadas – quando o país já tinha o rating AAA.
Politização prejudica reformas
Para Wieting, a mudança de perspectiva da S&P pode ser atribuída ao viés político que a discussão orçamentária ganhou em 2011, que tem demonstrado que pode atravancar a aprovação das medidas necessárias para a melhoria da situação fiscal do país.
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Além disso, o analista lembra que os demais países que possuem rating AAA implantaram programas de austeridade fiscal, o que ainda não ocorreu nos EUA.”A S&P parece muito mais focada na comparação das métricas dos EUA com seus pares do que de fato na possibilidade de default do país”, disse.
Bernanke pode dar pistas
Os próximos dias já podem dar novas indicações de que como se dará o processo de reformas fiscais, especialmente na quarta-feira (27) quando Ben Bernanke, presidente do Federal Reserve, fará um pronunciamento após a reunião do Fomc (Federal Open Market Committee).
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