Publicidade
SÃO PAULO – Após pedir demissão à presidente Dilma Rousseff (PT), o agora ex-ministro da Educação, Cid Gomes falou com jornalistas e disse estar “feliz” com sua saída, além de criticar novamente o Congresso. “A meu juízo ela tem as qualidades que são necessárias”, afirmou. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
O ex-ministro afirmou que o pedido de demissão foi feito em caráter irrevogável, e que não deu espaço para Dilma dizer que não o aceitaria. “A minha declaração, e mais do que ela, a forma como eu coloquei a minha posição na Câmara, óbvio que cria dificuldades para a base do governo. Pedi demissão em caráter irrevogável, agradecendo a ela. Eu não dei margem [para Dilma insistir ou dizer não]. Eu disse: ‘Presidente, lamento muito, agradeço, mas estou aqui entregando o cargo de ministro'”, afirmou.
“Eu disse para ela que lamentava muito, que tinha muito prazer, que confiava nela, que acreditava nela, continuo acreditando, continuo confiando. Agora, a minha presença no ministério ficou numa situação de contraponto, de indisposição com a base que apoia o seu governo”, afirmou Cid.
Oferta Exclusiva para Novos Clientes
Jaqueta XP NFL
Garanta em 3 passos a sua jaqueta e vista a emoção do futebol americano
“Eu estou feliz. Lamento pela educação do Brasil. Lamento porque tem muito o que fazer, e eu estava muito entusiasmado. Eu tinha muito entusiasmo pelo ministério da Educação. Já tinha visitado seis Estados em dois meses e pouco. Iniciamos projetos que são importantes para melhorar a educação pública no Brasil”, disse.
A decisão pela saída de Cid Gomes foi tomada após uma sessão conturbada no Congresso, onde ele foi convocado a prestar esclarecimentos sobre fala de que a Casa tem grande maioria de “achacadores”. A expectativa do governo era que ele se desculpasse pelas declarações e tentasse recompor suas relações.
Porém, ele não só não fez isso como, dedo em riste em direção ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse: “Prefiro ser acusado de mal educado a ser acusado de achacador como ele [Cunha], que é o que dizem dele as manchetes dos jornais”.
Continua depois da publicidade
Com isso, os líderes se revezaram na tribuna para exigir a demissão de Cid Gomes. De acordo com a Folha, a cúpula do PMDB avisou diretamente a um auxiliar de Dilma que o partido não abriria mão de que ele fosse demitido ao cargo ao término da sessão. “Ou é isso ou ela perderá o partido. Dessa vez é sério”, disse um peemedebista.
Newsletter
Infomorning
Receba no seu e-mail logo pela manhã as notícias que vão mexer com os mercados, com os seus investimentos e o seu bolso durante o dia
Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.