“Chavez não morreu”, “arapuca” e “Dilma Judas”: confira 29 frases que agitaram a semana

A tragédia grega e a questão Fed continuam no radar; já a bem-sucedida visita frustrada dos senadores à Venezuela, TCU e "coxinhas" chamaram a atenção

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Nesta semana, o cenário político e econômico foi recheado, com diversos assuntos. Porém, enquanto alguns pareciam ser requentados das semanas anteriores – caso do Fomc, Grécia e da discussão se Levy é Judas ou não – outros são inéditos.

É o caso das “pedaladas fiscais” do governo no ano passado, a deflagração da 14ª fase da Operação Lava Jato e a viagem polêmica dos senadores da oposição à Venezuela, que foram as novidades que repercutiram – e muito – na semana.  

Confira os destaques da semana:

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“Teremos a responsabilidade de não saltar etapas. E, no momento certo, no momento das eleições, o PSDB tomará, unido, a sua decisão”
Aécio Neves, presidente do PSDB e senador por Minas Gerais, em recado ao governador do estado de S. Paulo, Geraldo Alckmin. No último domingo, o PSDB paulista marcou o início da ofensiva da ala ligada ao governador.

Dilma no Jô ainda dá o que falar…

“Fiz à presidente as perguntas que precisava fazer”
Jô Soares, humorista e apresentador, em entrevista à Folha de S. Paulo. Durante a semana, ele deu várias declarações após a entrevista que Dilma Rousseff concedeu a ele. Jô foi criticado por ter adotado um tom muito brando. 

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“Jô Soares Morra”
Pichação em calçada do prédio onde reside o apresentador. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Jô reagiu com ironia à situação: “ainda bem que não marcaram a data”. 

O “caso da coxinha”

Hoje fui ao excepcional Veloso Bar comer coxinha e um coxinha reclamou das ciclovias. Fiquei confuso”
Fernando Haddad, prefeito de São Paulo, em post no Twitter, ironizando os chamados “coxinhas”, apelido para se referir a pessoas com pensamento conservador.

“Coxinha não é pejorativo”
Haddad, dias depois, ao comentar o post nas redes sociais

A economia brasileira por vários ângulos

“Brasil ficou caro antes de ficar rico”
Fábio Barbosa, ex-presidente do Santander, durante evento realizado em parceria por Bloomberg, Azimut e Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio, Indústria e Agricultura na última terça-feira. 

“Está acabando a hegemonia do PT. O partido vai passar a ser de médio porte. Em 2016, o PT vai ‘tomar uma surra’ em eleições municipais de 2016 e depois disso, próximas eleições serão as presidenciais”
Luiz Carlos Mendonça de Barros, sócio e fundador da Quest Investimentos e ex-ministro da Telecomunicações.

 “O software da economia mudou, é a antítese do software do governo do Lula e do PT”
O mesmo Mendonça de Barros, ao destacar que o pessimismo com o governo explica-se pela dificuldade do mercado em perceber que a presidente Dilma Rousseff mudou totalmente o modelo de política econômica.

Governo brasileiro é alvo de campanha pessimista da oposição
Manoel Dias, ministro do Trabalho e Emprego, em mais uma de suas teses sobre o atual momento em que vive o País. Porém, ele admitiu que as projeções mais negativas para o fechamento de postos de trabalho em maio podem se confirmar.

A questão Levy voltou?

“Não adianta dizer que o Levy é um Judas. Judas é a Dilma”
Marta Suplicy, senadora atualmente sem partido, alfinetando novamente a presidente em entrevista ao programa Amaury Jr e referindo-se à fala da presidente de que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, não poderia ser tratado como um “Judas”. Ela ainda afirmou que “se iludiu com o governo Dilma quando foi ministra”. 

A questão TCU

“Não estão em condições de ser apreciadas”
Augusto Nardes, ministro do TCU (Tribunal de Contas da União), sobre as contas da presidente Dilma Rousseff. O TCU deu trinta dias para o governo explicar as irregularidades nas contas. 

“É bom deixar claro que o governo não foi condenado”
Luís Inácio Adams, advogado-geral da União, dizendo que considera “equilibrada” a decisão do Tribunal de adiar o julgamento.

 “Se é a primeira vez, é um avanço consagrado que devemos comemorar”
Renan Calheiros, destacando que esta é uma oportunidade para que as informações cobradas sejam prestadas e definitivamente se esclareça a questão.

Senadores vão à Venezuela…

Chavez não morreu, se multiplicou”
Partidários do governo Nicolás Maduro, na Venezuela, que cercaram o veículo com senadores brasileiros da oposição, apedrejando o ônibus onde eles estavam. 

“Se os senadores estão aqui é porque não têm muito trabalho por lá. Umas horas a mais ou a menos, dá no mesmo”
Jorge Arreaza, vice-presidente da Venezuela, debochando dos senadores brasileiros em uma mensagem enviada ao celular de Lilian Tintori, mulher de Leopoldo López

Nós fomos levados para uma arapuca previamente armada”
Aloysio Nunes, senador pelo PSDB de São Paulo, sobre a missão dos senadores brasileiros à Venezuela

Se não era oficial, o que um avião da FAB (que transportou os senadores) estava fazendo por lá?”
Senador José Medeiros (PPS-MT), que refutou a alegação de falta de apoio diplomático pelo fato de não se tratar de uma missão oficial.

“Nossa missão continua aqui e é fundamental que se inicie a discussão se a Venezuela tem condição adequada de continuar no Mercosul (suposta violação de cláusula democrática imposta a Estados integrantes do bloco)”
Aécio Neves (PSDB-MG), ao falar que deve se discutir a saída da Venezuela do Mercosul após o ocorrido.

Fomos instrumentos de uma farsa. Isso tudo tem que ser esclarecido”
Agripino Maia (DEM-RN), justificando o interesse do Senado brasileiro em defender essa “causa democrática regional” para afastar o risco de o Brasil, no futuro, viver a crise enfrentada atualmente pela Venezuela. 

Em vez de nos oferecer ajuda, o governo brasileiro preferiu a cumplicidade com o governo bolivariano e nos virou as costas”
Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), comparando o posicionamento da presidente Dilma no episódio dos senadores na Venezuela com a postura adotada no caso da prisão de um brasileiro na Indonésia por tráfico internacional de drogas.

“São inaceitáveis atos hostis de manifestantes contra parlamentares brasileiros”.
Itamaraty, em nota oficial sobre a visita da comissão externa do Senado à Venezuela. Contudo, nos bastidores, a versão é de que Dilma teria ficado muito irritada com a visita dos senadores e enxergado o ato como de constrangimento ao Brasil. 

A tragédia grega continua…

Será um processo irreversível, será o princípio do fim da zona euro”
Alexis Tsipras, primeiro-ministro da Grécia, em entrevista ao jornal austríaco Kurier, ao dizer que a saída da Grécia da zona do euro será início do fim do bloco.

“Infelizmente… houve muito pouco progresso. Não há acordo em vista”
Jeroen Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo, sobre o fracasso entre a Grécia e os credores internacionais na última quinta-feira. No entanto, ele também disse que um acordo ainda é possível para evitar um default grego.

“(O país) estará em default, estará em atraso com o FMI em 1o de julho mas espero que esse não seja o caso, realmente espero”.
Christine Lagarde, diretora-gerente do FMI, destacando que não há período de carência ou possibilidade de adiar o pagamento.

… e a questão Fomc

“Deixe-me destacar que a importância do aumento inicial não deve ser exagerado”
Janet Yellen, presidente do Federal Reserve, em fala que animou os mercados na quinta-feira, destacando que a alta de juros ainda pode demorar. 

“Os riscos neste ambiente estão crescendo, não diminuindo”
 Michael Arone, chefe de estratégia de investimentos da State Street Global Advisors, destacando que, apesar do temor do Fed, os riscos de aumentar os juros mais tarde estão se elevando.

Lava Jato chega à fase que “vale para todos”

“Prisão de dirigentes de construtoras foi remédio contra corrupção”
Sérgio Moro, juiz federal, responsável pelos processos decorrentes da Operação Lava Jato, sobre a prisão dos presidentes da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e da Andrade Gutierrez, Otávio Marques Azevedo. Moro argumenta que, em liberdade, eles representavam risco para a investigação e a instrução processual.

 Devemos punir todos os responsáveis. Isso aqui é uma república”
Carlos Fernando dos Santos Lima, procurador da República afirmou que a cartelização na Petrobras ocorre desde 2004.

“Presidentes das duas empreiteiras tinham domínio de tudo o que acontecia”
Igor Romário de Paula, delegado da Polícia Federal, sobre o grau de conhecimento de Marcelo Odebrecht e Otávio Marques Azevedo no esquema de corrupção.

“Temos de distinguir entre a figura do empresário e a da empresa.”
Michel Temer, vice-presidente da República, ao dizer que a prisão de grandes empreiteiros não deveria afetar as atividades das companhias que dirigem.


Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.